As ações da Cielo (CIEL3) não são mais negociadas na B3 (B3SA3). Na noite da última segunda-feira (26), a companhia aprovou a conversão de seu registro de companhia aberta da categoria “A” para a categoria “B”.
Com essa mudança, as ações da Cielo ($CIEL3; CIOXY) deixaram de ser negociadas na bolsa de valores a partir de hoje (27).
Apesar dessa retirada, os acionistas remanescentes ainda podem alienar suas ações por meio de um pedido ao escriturador da companhia. Os procedimentos e prazos para essas “Aquisições Supervenientes” foram detalhados em um aviso aos acionistas divulgado no dia 14 de agosto.
Além disso, conforme informado em fato relevante publicado em 16 de agosto de 2024, a Cielo planeja convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE) para discutir o resgate compulsório das ações remanescentes em circulação. Se aprovado na AGE, o período para aquisições supervenientes será automaticamente encerrado.
Cielo: processo de conversão e resgate
A conversão para a categoria “B” significa que a Cielo continua sendo uma companhia aberta, mas suas ações deixam de ser negociadas em mercados de valores mobiliários, como a B3.
A principal diferença entre as categorias “A” e “B” de registro de companhia aberta está relacionada aos tipos de valores mobiliários que a empresa pode emitir. Na categoria “B”, a companhia só pode emitir títulos de dívida, como debêntures, mas não pode emitir ações ou outros valores mobiliários que confiram direitos de participação no capital social.
O resgate compulsório, caso aprovado pelos acionistas na AGE, resultará na retirada definitiva das ações da Cielo em circulação. A companhia se comprometeu a manter o mercado e seus acionistas informados sobre os próximos passos, em conformidade com a regulamentação aplicável.
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OPA da Cielo
A Oferta Pública de Aquisição (OPA) da Cielo contou com uma adesão significativa de 81,7%, com 749.889.806 ações de um total de 902.247.285 papéis.
Se o IPO é a entrada de uma empresa na bolsa, a OPA é o processo inverso, ou seja, a saída de uma companhia da bolsa. Os principais controladores da empresa, Banco do Brasil ($BBAS3) e Bradesco ($BBDC4), já detêm mais de 66% da companhia, enquanto a tesouraria possui pouco mais de 0,5%.
Em meados de fevereiro, os controladores manifestaram a intenção de retirar a Cielo da bolsa de valores. Na época, o preço proposto de R$ 5,35 por ação CIEL3 gerou controvérsia no mercado, com investidores questionando o valor. Em abril, o preço foi ajustado para R$ 5,60, com correção pelo CDI até a conclusão da operação.
Os bancos controladores adquiriram as ações a R$ 5,82 cada, confirmando o preço à vista de R$ 5,60 acordado com os acionistas minoritários em abril, acrescido do ajuste pelo CDI.
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