A EQI Research divulgou a carteira de dividendos para o mês de agosto, mantendo nove ativos, sendo o maior peso para Petrobras (PETR4), com 20% da carteira; Banco do Brasil (BBAS3), CPFL (CPFE3), BB Seguridade (BBSE3) e Itaú (ITUB4) têm 15%. No restante, cada empresa responde por 5%. A carteira não sofreu alterações

Depois de um mês de junho considerado muito bom, a carteira de dividendos do mês passado subiu 0,9% desde o dia 10 de julho. O IDIV (índice de dividendos) subiu 1,1%, no mesmo período. Os melhores desempenhos da carteira foram de Bradesco (BBDC4), Brasil Seguridade (BBSE3) e Itaú (ITUB4). Por outro lado, Isa Cteep (TRLP4), Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) foram detratores no mês.
“Olhando adiante, não estamos fazendo alterações na carteira para agosto. A carteira tem se comportado bem em cenários de mercado em alta (vide-se o desempenho de junho) e ao mesmo tempo resiliente em ambientes de mercado difíceis como nas últimas semanas. Continuamos a crer que a combinação de bons resultados, geração de caixa, baixa alavancagem e disposição em remunerar os acionistas seguem contempladas em nossa carteira atual”, avaliou a casa de análises.
Carteira de dividendos: cenário ainda nebuloso
Como destacado em nos relatórios anteriores, o mercado de ações continua nebuloso no curto prazo, com volatilidade crescente nas últimas semanas em função de incertezas sobre o cenário da economia americana – a geração de empregos em julho, foi bem abaixo do esperado e levantou suspeitas de que uma recessão possa estar se aproximando.
“Continuamos a ver o cenário local também incerto, com dúvidas sobre o real comprometimento do governo brasileiro com o arcabouço fiscal e sobre a postura do banco central quanto aos juros locais, uma vez que as expectativas de inflação para 2025 continuam a elevar-se”, completa.
Entre as empresas, o relatório apontou que o resultados de Itaú seguem excelentes o que reforça a perspectiva de pagamento de dividendos extraordinários até o fim do ano.
“De fato, os resultados do 2TRI24 do banco foram muito bons, com lucros 15,2% maiores a/a e retorno sobre o patrimônio de 22,4%, o maior da indústria. O banco continua gerando mais capital do que consome e seu nível de capitalização nos parece mais elevado do que o necessário. Um ajuste via distribuição de dividendos extraordinários nos parece cada vez mais provável”, completa.
Banco do Brasil, por sua vez, também divulgou resultados considerados bons, porém com alguns pontos de atenção. “O lucro líquido ajustado no 2TRI24 de R$9,5 bilhões foi um degrau acima das expectativas (R$9,2 bilhões), 2,1% maior tri a tri (t/t) e 8,2% acima no ano a ano (a/a). Chama a atenção”, diz a EQI Research.
Os números de Petrobras, geraram manchetes negativas na imprensa e afetaram negativamente as ações. A avaliação da casa de análise, por outro lado, não foi tão negativa.
“De fato, a empresa divulgou seus resultados com prejuízo de US$ 344 milhões. Porém, tal prejuízo é fruto de efeitos contábeis sem efeito caixa, principalmente pelo acordo feito com a União para encerrar disputas tributárias históricas, fato este já amplamente conhecido pelo mercado há alguns meses também a rentabilidade sobre o patrimônio, de 21,6%, muito acima a média do varejo bancário e menor apenas que a de Itaú”, completa o documento.
Por fim, a ação da Isa Cteep caiu 11,2% no último mês, devido ao grande fluxo vendedor por parte da Eletrobras (ELET3), que vendeu 93 milhões de ações preferenciais da companhia. A participação total da Eletrobras na Isa Cteep, que antes era de 35,7%, reduziu-se para 21,6%.

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