A Petrobras (PETR4) tem prejuízo líquido de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre do ano frente a lucro líquido de R$ 28,9 bilhões. Esse resultado ficou muito abaixo da estimativa de mercado, que esperava um lucro de R$ 14 bilhões.
No primeiro semestre, a petroleira teve um lucro líquido acumulado de R$ 21 bilhões ante R$ 67 bilhões dos seis primeiros meses de 2023, tendo uma queda de 68,3%.
O lucro líquido recorrente de R$ 15,8 bilhões ante R$ 23,9 bilhões segundo trimestre do ano passado.
Já o ebitda ajustado atingiu R$ 49,7 bilhões frente a R$ 56,9 bilhões do mesmo período do ano passado, reduzindo o resultado.

Petrobras (PETR4): itens não recorrentes impactam resultados
No segundo trimestre de 2024, a companhia registrou um prejuízo financeiro de R$ 2,6 bilhões, atribuído principalmente aos efeitos da adesão à transação tributária e ao acordo trabalhista no ano passado. A administração destacou que esses itens não recorrentes, embora relacionados aos negócios da empresa, foram divulgados como informação complementar para um melhor entendimento e avaliação dos resultados. Sem esses itens e a desvalorização do real frente ao dólar, o lucro líquido teria alcançado R$ 28 bilhões, e o EBITDA ajustado seria de R$ 62,3 bilhões, de acordo com a empresa.
Nos primeiros seis meses do ano, os investimentos totalizaram US$ 6,4 bilhões, um aumento de 12,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. A projeção de investimento para 2024 foi revisada para um patamar entre US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões, representando um aumento de 7% a 15% em comparação ao investimento total realizado em 2023. Este aumento não impacta a curva de produção de petróleo e gás.
No trimestre, os investimentos somaram US$ 3,4 bilhões, 11,5% acima do primeiro trimestre de 2024 (1TRI24), impulsionados principalmente pelos grandes projetos do pré-sal. No segmento de Exploração e Produção, os investimentos foram de US$ 2,8 bilhões, um aumento de 11,9% em relação ao 1T24. Esses investimentos focaram na Revitalização de Marlim, na Bacia de Campos, e no avanço da construção de FPSOs em Búzios, na Bacia de Santos.
Os investimentos concentraram-se principalmente no desenvolvimento da produção do polo pré-sal da Bacia de Santos (US$ 1,5 bilhão), no desenvolvimento da produção do pré e pós-sal da Bacia de Campos (US$ 0,7 bilhão) e em investimentos exploratórios (US$ 0,2 bilhão).
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Petroleira revê projeções de investimentos
A companhia revisou ainda sua projeção de CAPEX total para 2024. A nova estimativa situa os investimentos entre US$ 13,5 bilhões e US$ 14,5 bilhões, com destaque para o segmento de Exploração e Produção (E&P), que deve receber entre US$ 11,1 bilhões e US$ 12,1 bilhões.
Este aumento de 7% a 15% em comparação ao CAPEX total realizado em 2023 não afetará a curva de produção de petróleo e gás da companhia. A Petrobras ressalta que as projeções são baseadas nas informações disponíveis atualmente e que as declarações sobre o futuro da empresa não devem ser interpretadas como garantias de desempenho, estando sujeitas a riscos e incertezas econômicas, regulatórias e concorrenciais nos países onde opera, além de suas próprias decisões estratégicas e operacionais.
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