O BTG Pactual (BPAC11) reiterou sua recomendação de compra para as ações da São Martinho (SMTO3), estabelecendo um preço-alvo de R$ 40 por ação. O banco destacou tendências encorajadoras para a safra 2025/26 para SMTO3, impulsionadas por custos mais baixos e melhores preços de açúcar e etanol.
Apesar da visão positiva, a SMTO3 registrou queda de 25% no seu lucro líquido do terceiro trimestre da safra 2024/2025, ao atingir R$ 157,9 milhões. No mesmo período do ano anterior, o lucro fora de R$ 210,6 milhões.
No acumulado do ano, a empresa agrícola registra lucro líquido de R$ 451,6 milhões ante R$ 848,9 milhões do mesmo período do ano anterior, tendo uma redução de 46,8%.
Com relação aos fatores positivos, o banco de investimentos ressaltou que a operação de etanol de milho da São Martinho atingiu sua capacidade total, garantindo um custo de produção altamente competitivo. Além disso, os resultados mais fracos da atual safra foram amplamente impactados pelos incêndios florestais, que elevaram o custo unitário e comprometeram o mix de produção.
Visão para o próximo ciclo da São Martinho (SMTO3)
Para o próximo ciclo, que se inicia em abril de 2025, a expectativa é de uma recuperação operacional, caso as condições climáticas continuem favoráveis e novos incêndios não ocorram.
No último trimestre, a São Martinho vendeu 889 mil toneladas de Açúcar Total Recuperável (ATR), número 16% superior ao do ano anterior e acima da previsão do BTG. No entanto, o ebitda ajustado ficou em R$ 868 milhões, 5% abaixo da estimativa, com margem de 47%, impactada pelo alto custo unitário decorrente da safra afetada pelos incêndios.
O ebitda por tonelada de ATR atingiu R$ 977, 10% abaixo da projeção, mas ainda 7% acima do registrado no mesmo período do ano anterior. A dívida líquida fechou em R$ 5,1 bilhões, refletindo consumo adicional de capital de giro e distribuição de R$ 172 milhões em dividendos e recompra de ações.
Para o próximo trimestre, a empresa deve monetizar mais de R$ 1 bilhão em estoques, com a venda estimada de 921 mil toneladas de ATR, incluindo 160 mil toneladas de etanol de milho.
Projeções
O BTG revisou suas projeções e agora estima que a São Martinho encerrará a safra 2024/25 com EBITDA ajustado de R$ 3,3 bilhões (R$ 3,9 bilhões considerando IFRS16). Para a safra 2025/26, o banco projeta um salto para R$ 4 bilhões (R$ 4,6 bilhões IFRS16), com moagem de cana subindo para 23 milhões de toneladas e uma contribuição relevante do etanol de milho, estimada em R$ 290 milhões.
Com o papel negociado a um múltiplo EV/EBIT de apenas 6,5x, bem abaixo da média histórica de 11x, o BTG vê um ponto de entrada atrativo para investidores. O fluxo de caixa livre ao acionista (FCFE) projetado para 2025/26 é de 12,2%, superando a média do setor de 7%.
Além disso, o banco aguarda com expectativa uma possível expansão da capacidade de etanol de milho pela São Martinho, um movimento que considera positivo devido à rentabilidade do segmento. Com crescimento projetado de 21% no ebitda no próximo ano, a empresa segue como uma das principais apostas do BTG no setor agro para 2025.
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