O BTG Pactual ($BPAC11) reafirma sua recomendação de compra para os ADRs da Embraer (EMBR3), mesmo após a AirAsia anunciar um memorando de entendimento com a Airbus para até 70 aeronaves A321XLR. O banco vê o movimento como parte de uma disputa comercial mais ampla, sem impacto direto sobre os modelos da fabricante brasileira.
De acordo com análise enviada a clientes, o pedido da companhia aérea malaia, que pode chegar a US$ 12,3 bilhões, não representa uma derrota para a $EMBR3, já que o A321XLR pertence a uma categoria distinta dos jatos regionais da série E2. O BTG lembra ainda que a AirAsia pretende adquirir até 150 jatos adicionais, incluindo aeronaves de menor porte — o que mantém a Embraer como uma opção relevante frente ao Airbus A220.
O relatório destaca que, apesar da relação histórica da AirAsia com a Airbus — com frota atual composta exclusivamente por aviões da fabricante europeia — a plataforma E2 da Embraer segue competitiva, principalmente com o modelo E195-E2, que acomoda até 146 passageiros.
Embraer (EMBR3): deve ter trimesre forte, prevê banco
A expectativa do banco é de um forte segundo trimestre para a empresa brasileira. O otimismo se apoia em entregas acima do esperado e no volume robusto de pedidos, com destaque para contratos firmados durante o Paris Air Show e o recente acordo com a companhia SAS, que pode envolver até 55 aeronaves.
Mesmo com chances reduzidas no pedido da AirAsia, o BTG conclui que a Embraer mantém forte tração comercial e perspectiva positiva para o restante de 2025. O preço-alvo para os próximos 12 meses é de US$ 63,00 para os ADRs da companhia, atualmente negociados a US$ 61,02.
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