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BTG (BPAC11) mantém compra para Magalu (MGLU3) apesar de trimestre considerado fraco

BTG (BPAC11) mantém compra para Magalu (MGLU3) apesar de trimestre considerado fraco

O banco BTG Pactual (BPAC11) mantém compra para Magalu (MGLU3) apesar dos resultados do terceiro trimestre (3TRI23) terem vindo considerados fracos pelo banco de investimentos. O preço-alvo é de R$ 6.

Segundo o relatório do BTG, o resultado da varejista foi obtido em meio a um cenário difícil para o e-commerce, pressões inflacionárias sobre a renda disponível, altos custos de financiamento e menor demanda por eletrônicos e eletrodomésticos.

O indicador SSS – que indica as vendas na mesma loja – cresceu 3%, enquanto o GMV do e-commerce cresceu 6%, 1% abaixo do esperado, implicando em R$ 590 milhões adicionados no GMV online.

“Como resultado, o GMV total foi de R$ 14,8 bilhões, um aumento de 5% a/a (2,4% abaixo de nossa projeção). Por fim, a empresa encerrou o trimestre com 323 mil vendedores (vs. 300 mil no 2TRI23)”, relatou o BTG.

BTG (BPAC11) vê ruído potencial no curto prazo após ocorrência de irregularidades

O relatório do banco de investimentos sobre Magalu (MGLU3) comentou ainda sobre as inconsistências contábeis encontradas pela empresa após denúncia anônima envolvendo supostas práticas comerciais que violam o código de conduta e ética da empresa, especificamente sobre supostas irregularidades em operações com determinados distribuidores e fornecedores.

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Juntamente com os seus resultados do 3TRI23, a empresa anunciou que a auditoria concluiu que a denúncia anônima era infundada. No entanto, foram identificadas imprecisões nos lançamentos contábeis relativos ao período de reconhecimento contábil de bonificações em determinadas transações comerciais, decorrentes do fato de determinadas notas de débito – documento utilizado para o reconhecimento contábil das receitas de bonificações – terem sido emitidas pela empresa e assinadas por fornecedores sem observar com precisão as obrigações de desempenho (que variam de acordo com as especificidades de cada negociação) em um determinado momento.

“Porém, o fato relevante deve gerar algum ruído para a MGLU, com investidores questionando os controles da empresa e o aumento da linha de fornecedores no balanço em decorrência dos ajustes (R$ 1,2 bilhão em junho de 2023)”, avalia o banco de investimentos.

Perspectivas positivas no cenário macro

Apesar do potencial ruído envolvendo as irregularidades, o relatório do BTG informou que nos últimos trimestres, era esperado que os resultados da MGLU fossem pressionados no curto prazo devido a crescimento mais lento do GMV online, dada a sua exposição a categorias altamente cíclicas, como eletrônicos e eletrodomésticos, o que significa margens baixas; fraco desempenho da operação de lojas físicas com efeito negativo nas margens; impacto das taxas de juros mais altas no Brasil (levando a maiores inadimplências) nos resultados da Luizacred; e maior custo de captação para desconto de recebíveis, impactando resultados financeiros e o lucro.

Segundo BTG, os resultados do terceiro trimestre mostraram uma tendência de melhoria da lucratividade para a empresa, que espera persistir no quarto trimestre, mas o GMV 1P e as vendas de lojas físicas continuam apresentando dificuldades.

“Enquanto isso, a MGLU deverá se beneficiar de uma abordagem mais racional de take rates e de seu modelo de negócios multicanal para alavancar a operação de marketplace, juntamente com cortes nas taxas de juros no Brasil”, aponta o relatório.

Balanço no 3TRI23

A rede reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 198,8 milhões no 2TRI23, alta de 77,3% frente o prejuízo de R$ 112,1 milhões do segundo trimestre de 2022.

De acordo com o balanço, caso se exclua os efeitos não recorrentes, o prejuízo é de R$ 301,7 milhões, líquidos, um avanço de 123% na base anual.

O relatório aponta que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 439,8 milhões no período, queda de 10,6%, com margem de 5,1% (-0,6 ponto porcentual). Sem ajustes, o Ebitda atingiu R$ 283,9 milhões, retração de 37,9% e margem de 3,3% (-2,0 p.p.), segundo o relatório Magalu (MGLU3).