A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou a abertura do terceiro processo para investigar o rombo financeiro ocorrido na Americanas (AMER3).
O xerife do mercado pode instaurar outros processos mais, a depender do volume de “inconsistências”, bem como do procedimento dos gestores frente aos fatos.
Conforme a autarquia, esses procedimentos são iniciais e, dependendo das primeiras conclusões, podem ou não resultar em um processo sancionador.
Também disse que “após a investigação e apuração dos atos, fatos e eventos, caso venham a ser formalmente caracterizados ilícitos e/ou infrações, cada um dos responsáveis poderá ser devidamente responsabilizado com o rigor da lei e na extensão que lhe for aplicável, sendo facultado à CVM recorrer também aos convênios e acordos de cooperação com Polícia Federal e Ministério Público Federal”, frisou.

Americanas (AMER3): diretoria
Outra informação que circula na imprensa, hoje, dá conta de que diretores da varejista venderam mais de R$ 210 milhões em ações da empresa no segundo semestre do ano passado.
Os dados estão publicados no portal de relacionamento com investidores da empresa e, segundo o jornal O Globo, a venda pode representar indícios de que sócios majoritários da companhia já tinham alguma ideia do que estava acontecendo na empresa.
Setor varejista
Desde que a Americanas trouxe à luz a informação acerca do rombo de R$ 20 bilhões, outras companhias de varejo já se pronunciaram para tranquilizar o mercado acerca de suas próprias operações.
A Via (VIIA3), por exemplo, que é dona da Casas Bahia e Ponto, disse que todas as suas operações de “risco sacado” (convênio) “estão registradas nas Demonstrações Financeiras da companhia em conformidade com as normas internacionais de contabilidade”. “Adicionalmente a companhia publica os respectivos montantes dessas operações nas Demonstrações Financeiras e nos materiais de divulgação de resultados trimestrais e anuais”. Já a Positivo (POSI3) destaca que as inconsistências contábeis identificadas pela varejista não terão impacto material nas suas contas a receber, que “estão majoritariamente protegidas por apólice de seguros”. “Temos uma carteira de clientes diversificada, e embora a Americanas seja um cliente importante, sua representatividade em nossa receita anual consolidada se situa na casa de um dígito percentual baixo”, afirmou a empresa em comunicado. A Positivo disse ainda que continuará acompanhando os desdobramentos deste processo e “comunicará o mercado tempestivamente quando e se aplicável”.
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