O resultado do segundo trimestre de 2025 da Alupar (ALUP11), com lucro líquido de R$187 milhões (alta de 44,4% sobre o mesmo período do ano anterior), veio ligeiramente abaixo das expectativas de mercado, segundo avaliação de João Pedro Zanott, analista da EQI Research.
Para ele, apesar do desempenho mais fraco, especialmente no segmento de geração, a companhia segue avançando em novos projetos e reforçando a estratégia de crescimento atrelada a dividendos.
A receita regulatória consolidada cresceu 8,4% na comparação anual, impulsionada pela entrada em operação de ativos como a Subestação Manoel da Nóbrega e Dardanelos, pelo reajuste de contratos indexados ao IPCA — compensando parcialmente a queda nos atrelados ao IGP-M — e pelo aumento de 35% no preço médio de venda de energia. No entanto, o segmento de geração foi prejudicado pelo curtailment, que impôs restrições à produção de energia eólica.
Entre os destaques operacionais, Zanotti apontou a nova Receita Anual Permitida (RAP) da TNE, ajustada para R$ 561 milhões, com extensão do prazo de concessão até 2047, e a conclusão da energização da ELTE. A empresa também finalizou a aquisição da Rialma e obteve benefício fiscal da SUDAM para a ETEM, garantindo redução de 75% no IRPJ entre 2025 e 2034.
No trimestre, a Alupar propôs dividendos de R$ 0,21 por cota — yield de 0,7% — equivalente a um payout de 39%. O valor representa alta de 21,2% em relação ao mesmo período de 2024, com pagamento previsto em até 60 dias.
Zanotti destacou que, apesar da leve frustração no resultado, a companhia mantém a execução de projetos dentro do cronograma e do orçamento, incluindo empreendimentos na América Latina.
“A tese da Alupar é combinar crescimento, entrega de novos ativos e aumento gradual de dividendos. Continuamos otimistas para os próximos trimestres”, afirmou.
Alupar na Carteira de Dividendos
A Alupar ocupa 10% da alocação na Carteira Mais Dividendos da EQI Research.
“A carteira permanece equilibrada, composta por empresas resilientes e com elevada capacidade de geração de caixa e distribuição de dividendos. Nosso foco é manter um portfólio que ofereça estabilidade e bom retorno, mesmo em períodos de maior estresse no mercado”, afirma Zanott.
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