As ações da Tesla (TSLA; $TSLA34) operam em alta nesta quinta-feira (29), refletindo positivamente a decisão do CEO Elon Musk de deixar o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) do governo de Donald Trump. No começo da tarde, os papéis da montadora subiam 1,7%, cotados a US$ 363. Mais cedo, os ativos chegaram a registrar avanço superior a 2% na Nasdaq.
A saída de Musk do cargo, que ocupava há pouco mais de quatro meses, é vista por investidores como um sinal de que o bilionário voltará a concentrar esforços na Tesla, em um momento decisivo para a empresa. A companhia se prepara para expandir seus projetos de carros autônomos, ao mesmo tempo em que enfrenta a perspectiva de registrar seu segundo ano consecutivo de queda nas vendas.
Nos últimos meses, a proximidade de Musk com o ex-presidente e atual pré-candidato Donald Trump provocou reações negativas à imagem da Tesla. Protestos e boicotes foram organizados por consumidores e acionistas insatisfeitos com o envolvimento político do executivo, o que teria impactado a percepção pública da marca.
Ações da Tesla têm alívio com saída de Musk do governo
O mercado reage com alívio à decisão, apostando que um Musk mais focado na Tesla pode trazer novo fôlego à empresa em meio aos desafios do setor automotivo global e às apostas em tecnologias de direção autônoma.
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Ao anunciar sua saída, Musk disse estar desapontado com os rumos do chamado “megaprojeto fiscal” aprovado pela Câmara dos Representantes. “Francamente, fiquei desapontado ao ver o enorme projeto de lei de gastos, que aumenta o déficit orçamentário. Isso não só não o reduz, como prejudica o trabalho que a equipe do DOGE está fazendo”, afirmou em entrevista à CBS, que ainda será exibida na TV dos EUA.
Durante sua passagem pelo governo Trump, Musk prometeu cortes bilionários no orçamento federal e uma ampla modernização da máquina pública, mas enfrentou resistências internas e externas. Em março, já havia sinalizado que reduziria sua atuação no DOGE para apenas um ou dois dias por semana. Na semana passada, anunciou ainda que cortaria drasticamente seus gastos políticos, após investir cerca de US$ 300 milhões em campanhas republicanas em 2024.