As ações da suíça Richemont (SWX: CFR) , proprietária da Cartier, subiram até 6,3% na sexta-feira, após a empresa reportar vendas recordes para o ano inteiro, apesar da queda nos gastos na região da Ásia-Pacífico.
O grupo suíço de luxo anunciou que as vendas do grupo cresceram 3%, atingindo um recorde histórico de 20,6 bilhões de euros (US$ 22,38 bilhões) no ano fiscal encerrado em março, apesar das expectativas de enfraquecimento no setor de marcas de luxo.
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Ações da Cartier
As ações reduziram ligeiramente os ganhos após a abertura do mercado, sendo negociadas com alta de 5,6% às 6h45, horário de Brasília.
As vendas no quarto trimestre fiscal caíram 1%, para 4,8 bilhões de euros, devido a uma desaceleração na região da Ásia-Pacífico.
“Tivemos um abrandamento das vendas no quarto trimestre na região Ásia-Pacífico em relação a comparativos desafiadores, o que foi mais do que compensado pelo maior crescimento em todas as outras regiões. Como previmos, uma recuperação sustentável da demanda chinesa levará algum tempo“, disse o presidente Johann Rupert em um comunicado divulgado pela CNBC.
Em um comunicado separado, a empresa anunciou que Nicolas Bos, CEO da Van Cleef & Arpels, será o novo CEO a partir de 1º de junho.
Pressão no setor de luxo
O setor de luxo tem enfrentado pressão desde o final de 2023, com as difíceis condições macroeconômicas e geopolíticas impactando os gastos dos consumidores, especialmente na China.
Outras ações de empresas de luxo, como LVMH, Kering e Christian Dior, foram negociadas em baixa na manhã de sexta-feira.
A Kering, uma das maiores afetadas pela desaceleração no setor de luxo, alertou em abril que espera uma queda acentuada nos lucros do primeiro semestre, devido à diminuição da demanda por sua marca Gucci entre os consumidores da Ásia-Pacífico, que anteriormente eram grandes compradores.
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