As medidas de isolamento social adotadas por causa da pandemia de coronavírus já causaram um prejuízo de quase US$ 3 bilhões a Uber no primeiro trimestre.
De acordo com relatório divulgado pela empresa na quinta-feira, as perdas nos primeiros três meses de 2020 alcançaram US$ 2,9 bilhões.
Essa perda é quase o triplo da registrada no mesmo período de 2019 e representa uma queda de US$ 1,70 por ação, algo que, somado, dá US$ 2,1 bilhões em depreciação de alguns ativos da companhia.
O lado positivo
A “boa” notícia em meio aos números negativos, segundo a própria Uber, é que o mercado já começou a apresentar sinais de recuperação, com um crescimento de 8% nos agendamentos de corridas no período.
Esse aumento de quase 10% nos agendamentos rendeu a Uber US$ 3,5 bilhões a mais em faturamento, totalizando US$ 15,7 bilhões.
“Não vou mascarar a situação. A Covid-19 teve um impacto dramático nas corridas, caindo globalmente cerca de 80% em abril…. Mas há alguns sinais de recuperação que geram um otimismo contido”, admitiu o diretor-executivo da empresa, Dara Khosrowshahi, à AFP.
Outro setor que cresceu durante o confinamento obrigatório causado pelo coronavírus foi o de entregas de comida, realizado por meio do Uber Eats.
Os dados da empresa revelaram que um aumento de 53% em suas receitas no serviço de delivery, já que as pessoas têm usufruído mais dos pedidos de restaurante em domicílio durante o confinamento.
“Enquanto nosso negócio de transporte de passageiros foi duramente atingido pela pandemia, tomamos medidas rápidas para preservar o balanço, focando recursos adicionais no Uber Eats e nos preparando para um cenário de recuperação”, explicou Khosrowshahi.
Futuro pós-pandemia
Segundo Nelson Chai, diretor financeiro da Uber, a empresa tem condições de atravessar a crise do coronavírus e sair dela bem estruturada para se manter operacional.
“Nossa ampla liquidez nos dá flexibilidade substancial para navegar a atual crise, mas estamos sendo proativos e tomando ações para emergir mais fortes e mais focados como empresa”, explicou.
Uma das medidas adotadas pela Uber durante a quarentena foi a de demitir 14% dos seus funcionários.
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