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Seguro de vida: o que é e porque fazer?

Seguro de vida: o que é e porque fazer?

O seguro de vida é uma peça fundamental de um bom planejamento financeiro. Mais do que isso, ele também protege a vida daqueles que dependem da renda produzida pelo provedor da família, seja por morte ou invalidez deste.

Nosso artigo a seguir destrincha os principais aspectos desse importante produto financeiro.

Siga na leitura e saiba tudo a respeito!

O que é um seguro de vida?

Um seguro de vida nada mais é do que produto financeiro que visa dar proteção ao segurado (pessoa que faz o plano de seguro) e/ou a seus dependentes. Trata-se de uma salvaguarda ao sustento de uma família.

Essa é, inclusive, a definição dada pela própria entidade reguladora de seguros no Brasil, a Superintendência de Seguros Privados — Susep.

Segundo o órgão, a função do seguro de vida é a de prever o pagamento de uma indenização para a redução de prejuízos caso algum infortúnio aconteça com a pessoa que provê os recursos materiais para uma família.

Vale notar ainda que o seguro de vida é uma modalidade de proteção dentre as várias formas de seguros existentes. Nesse caso, ele faz parte da categoria de seguro de pessoas, pois sua cobertura é voltada para um indivíduo.

O seguro de vida representa uma peculiaridade em nosso país. Dados apontados por pesquisa feita pela Studio Ideias mostra que para 76% dos brasileiros ainda é um tabu falar sobre a morte.

Ainda segundo o estudo, apenas 26% dos entrevistados falam sobre isso abertamente. É como se o fato não fosse acontecer para a maioria dos brasileiros, ou ainda que nada de ruim pudesse lhe acontecer.

Claramente é uma situação que deve ser mudada, pois a morte é inevitável e um bom planejamento financeiro, com sucessão patrimonial, deve prever esse tipo de acontecimento. Pois mais doloroso que possa ser.

Como o seguro de vida funciona?

Um seguro de vida basicamente é um contrato firmado entre uma pessoa física e uma instituição conhecida no mercado como seguradora.

Esse instrumento jurídico prevê coberturas contra alguns riscos e, nesse caso específico, o principal deles é a morte de quem firmou o contrato com a seguradora.

Essa é a obrigação básica por parte da instituição, assegurar o pagamento de um prêmio aos beneficiários indicados em contrato (ou apólice de seguro).

Já o titular do seguro deve fazer o pagamento periódico de uma mensalidade para manter vigente a proteção contratada. Caso o infortúnio aconteça, o valor de cobertura deverá ser pago aos indicados na apólice.

Normalmente, essas pessoas são os familiares mais próximos do titular: cônjuge e filhos. Mas há a possibilidade de não haver indicação de beneficiários em contrato. Nesse caso, os dependentes legais receberão o valor.

Vale destacar também que um seguro de vida pode contemplar diversas tipos de coberturas, todas referentes a uma determinada situação específica.

O ponto principal é prover recursos financeiros para os casos em que a renda da família fica comprometida pela incapacidade (ou ausência completa, em caso de morte) de geração de recursos do provedor.

Que coberturas um seguro de vida contempla?

Conforme dito, a principal cobertura de um seguro de vida é em relação à morte do titular do plano. No entanto, um produto desse tipo de seguro não se limita apenas a essa cobertura. Outras mais podem ser adicionadas.

O ponto principal para se ter em mente é saber que o objetivo do seguro de vida é prover recursos em casos nos quais a atividade principal do gerador de renda não possa mais ser exercida. Assim, existem outros casos além da morte.

Um deles é a invalidez funcional. O titular de um seguro de vida pode ser acometido por uma doença que inviabilize sua autonomia e prejudique sua capacidade laboral. Essa invalidez pode ser temporária ou permanente.

O seguro de vida prevê tanto casos nos quais seja possível a recuperação do titular (e portanto seria uma invalidez temporária) como também quando não há recuperação (invalidez permanente).

Além disso, a apólice do seguro também pode prever que o titular seja acometido por doença grave e, assim, fazer o pagamento do valor contratado. Esse é o caso de infarto do miocárdio, câncer ou AVC.

Por fim, existe a cobertura em casos de morte natural ou acidental, logicamente. Como estamos falando de um seguro de vida, trata-se, neste caso, de um produto que protege a vida de quem fica.

seguro de vida: ilustração de família se abrigando em um guarda-chuva

Reprodução/Pixabay

Quais são as modalidades de seguro de vida existentes?

Existem pelo menos quatro categorias principais de seguro de vida que podem ser contratadas por qualquer pessoa. Acompanhe a seguir uma descrição de cada uma dessas modalidades.

Tradicional

O seguro de vida tradicional é aquele mais comumente conhecido. Não possui coberturas específicas ou dispositivos mais sofisticados, a exemplo do resgate do valor já pago na forma de mensalidade.

O seguro tradicional é caracterizado por ter uma cobertura vitalícia. Isso quer dizer que a cobertura do seguro vai até enquanto o segurado estiver vivo.

No entanto, é preciso ter atenção aos pagamentos que devem ser efetuados todo mês. Caso eles deixem de ser efetuados, a apólice é cancelada. Com isso, a cobertura deixa de existir e nenhum valor é estornado ao titular.

Vale destacar que, em geral, esse tipo de seguro possui um pagamento mensal mais baixo que outras modalidades mais sofisticadas. Até mesmo por isso, é indicado para pessoas que ainda encontram-se em idade mais jovem.

Outro uso interessante do seguro de vida tradicional é relativo à transmissão de patrimônio. Quem deseja efetuar um planejamento sucessório pode utilizar esse seguro para custear o inventário e as despesas da família temporariamente.

Temporário

Já o seguro temporário tem como característica principal o fato de ter prazo determinado para vigorar. Ou seja, não é um seguro como o tradicional que tem duração vitalícia e indeterminada.

Todas as coberturas do seguro temporário funcionam com data para encerrar. Até mesmo por essa razão, o seu valor de prêmio costuma ser menor do que outras categorias de seguros.

Vale destacar também que, assim como o seguro de vida tradicional, o seguro temporário não prevê nenhum tipo de resgate por parte do titular quando seu prazo chega ao fim.

Dessa forma, ele é bastante indicado para pessoas que possuem filhos ainda pequenos e desejam protegê-los contra infortúnios até uma determinada idade, como o fim de sua faculdade, por exemplo.

Outra forte aplicação desse tipo de seguro é em caso de sucessão empresarial. É comum que uma holding seja constituída para efetuar o processo e um seguro temporário é bem-vindo nessas situações.

Resgatável

A modalidade de seguro de vida resgatável possui diversos mecanismos bastante sofisticados. A começar pela possibilidade de resgate do valor já pago quando o titular fizer a solicitação.

Esse resgate pode ocorrer em dois momentos distintos, a depender do seguro contratado: o titular pode requerer o resgate a qualquer momento e receber o valor tempos depois. Normalmente, o prazo é de dois anos.

O pedido pode ocorrer por necessidade do capital investido por parte do titular ou mesmo se houver sua desistência do produto contratado.

A segunda possibilidade é ao final do término do pagamento do seguro, pois pode ser previsto que a contribuição tenha prazo especificado.

Nessas casos, o segurado pode pedir o resgate do valor já pago ou continuar com a proteção do seguro sem no entanto necessitar realizar mais pagamentos mensais.

Todas essas características acabam fazendo com que o seguro de vida resgatável tenha um valor de pagamento mensal mais elevado entre todas as modalidades de seguro existentes.

Talvez o principal fator seja que a proteção pode continuar mesmo findo o prazo estipulado para os pagamentos mensais.

Dessa forma, esse tipo de produto é indicado para pessoas com uma renda maior ou que tenham um forte planejamento de sucessão patrimonial em curso.

Acidentes pessoais

O seguro de vida de acidentes pessoais é um tipo de proteção mais simples. No caso de falecimento do titular, sua cobertura geralmente cobre apenas as fatalidades ocorridas por algum tipo de acidente.

Além disso, esse tipo de seguro prevê também a invalidez temporária. Esse é o caso de uma fratura, por exemplo, caso em que o tempo de recuperação pode levar alguns meses.

Em casos como esse, um profissional estaria impossibilitado de exercer suas funções. Isso atinge principalmente os profissionais liberais, como médicos, advogados, dentistas e engenheiros.

Como via de regra eles não contam com a proteção do auxílio-doença do INSS, é comum que busquem pelo seguro de acidentes pessoais.

Na ocorrência de acionamento do seguro, é preciso demonstrar todos os laudos e exames que comprovem a incapacidade temporária para o trabalho.

Geralmente, o pagamento é feito por dia de paralisação, a partir de um certo período, o décimo dia, por exemplo. O segurado recebe uma espécie de diária por cada dia de afastamento e seu valor é acordado na contratação do seguro.

Quanto custa um seguro de vida?

Não existe uma receita de bolo que indique o valor exato de um seguro de vida. Isso quer dizer que o custo desse tipo de seguro não é tabelado, ou seja, não obedece a valores previamente estabelecidos.

Em vez disso, é feito um cruzamento de informações, considerando todas as características do perfil de um segurado. Cada pessoa terá, portanto, um determinado valor a pagar mensalmente, de acordo com os riscos existentes.

Como exemplo, podemos comparar a condição de saúde de uma mulher de meia-idade, sem hábitos de fumo ou de bebida excessivos. Acrescente ainda bom histórico de saúde e a prática de exercícios físicos.

Certamente, o valor de seguro de uma pessoa com esse perfil será menor do que o de um homem sedentário, com hábitos alimentares ruins e possivelmente com doenças pré-existentes.

Por meio desse exemplo simples podemos entender que o custo de um seguro de vida está diretamente associado ao risco que um determinado perfil de pessoa fornece à seguradora.

Quanto maior o risco, maior o valor a ser pago mensalmente. O inverso também é válido e normalmente isso vale para toda a indústria de seguros no mundo inteiro.

Como escolher uma boa seguradora?

Tão importante quanto contratar um seguro de vida adequado às necessidades do titular, é preciso também contar com uma boa companhia seguradora. Nesse sentido, alguns pontos devem ser considerados.

Uma delas é observar o potencial de mercado e a tradição de atuação no ramo de seguros de vida. Uma rápida pesquisa pode indicar quais são as boas empresas existentes no mercado.

Outro ponto importante é saber se todas as necessidades buscadas pelo titular podem ser atendidas pela seguradora em questão. Nem todas elas oferecem todas as coberturas e é preciso fazer uma boa avaliação desse aspecto.

Por fim, a reputação da empresa no mercado conta bastante. Saber o histórico de pagamento de sinistros e se há reclamações a respeito ajuda a encontrar a seguradora mais adequada.

Vale a pena contratar um seguro de vida?

A resposta a esse questionamento passa por uma avaliação individual, na verdade. Isso quer dizer que não há resposta certa e há variações de um caso para outro.

No entanto, uma boa pergunta para saber se a contratação de um seguro vale a pena é a seguinte: alguém dependerá da renda que eu produzo caso eu não esteja mais aqui e falte de amanhã em diante?

Caso a resposta seja afirmativa, pode ser interessante considerar a contratação de um seguro de vida, para que os dependentes dessa renda não passem por dificuldades no caso de falecimento do provedor da família.

Além disso, outras assistência podem ser fornecidas nesse momento, que por si só já é bastante doloroso. Um exemplo é o auxílio funeral, que ajuda com as despesas relativas à despedida.

No fim das contas, é interessante observar que uma perda de renda abrupta pode causar fortes prejuízos ao sustento da família.

Por tudo isso, contar com um seguro de vida pode ser uma alternativa interessante, tanto para proteger familiares que dependem dessa renda, como também para garantir a manutenção do padrão de vida já conquistado.

Além disso, o recebimento do valor previsto em apólice pode servir para custear o processo de inventário judicial. Apenas por meio dele os familiares poderão ter acesso aos bens que ficaram bloqueados com a partida do titular.