Assista a Money Week
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Renda Fixa
Artigos
Renda fixa segue como “queridinha” – e isso não é necessariamente ruim

Renda fixa segue como “queridinha” – e isso não é necessariamente ruim

Aparentemente 2023 ainda vai ser o ano da renda fixa. Mas, em minha opinião, isso pode ser uma ótima forma de aproveitar algumas oportunidades sem muita volatilidade. Apesar disso, é importante termos atenção em alguns pontos, antes de sairmos enchendo o carrinho. Acompanhe a leitura e entenda por que a renda fixa segue como “queridinha” em 2023.

Em 2021, o Banco Central iniciou o processo de aumento da Selic. Desde então, a taxa básica de juros saiu de 2% ao ano para 13,75%.

Com tanta incerteza politica e a inflação global, a perspectiva é que os juros não caiam tão cedo.

A taxa Selic é a taxa básica da nossa economia que influencia muitos tipos de investimento.

Se por um lado uma Selic alta significa empréstimos mais caros e juros mais altos, por outro lado, também significa maior rentabilidade em investimentos atrelados a ela.

Publicidade
Publicidade

Segundo nossos especialistas, a expectativa é que a Selic não abaixe tão cedo, e um corte de juros deve vir só a partir do segundo semestre de 2023.

Parte dessa percepção vem das incertezas a respeito do próximo governo e de sua condução da política fiscal.

Apesar de já termos definido alguns ministros, ainda há muita coisa para se definir, inclusive se vai passar na Câmara a PEC da Transição, que permite gastos na casa dos R$ 145 bilhões além do teto de gastos.

De qualquer forma, no último Boletim Focus, a expectativa para a Selic no fim de 2023 é de 11,75% ao ano. O mesmo relatório mostrou uma expectativa de inflação em 5,08% para o próximo ano.

Caso esse cenário se concretize, se você aplicar em algum ativo cujo rendimento acompanhe a taxa Selic, terá rentabilidade real positiva. Isso significa que o dinheiro aplicado vai render acima da inflação, garantindo o seu poder de compra e aumentando o seu montante.

Mas no que exatamente investir?

Apesar de todo o cenário incerto, tem algo que os especialistas todos concordam. Ainda teremos juros bem altos no próximo ano. Logo, uma boa estratégia pode ser aplicar em investimentos de renda fixa para garantir esse retorno acima da inflação e fugir das volatilidades.

Apesar disso, precisamos prestar atenção nos tipos de investimento de renda fixa.

Títulos públicos

  • Pós-fixados: São títulos com a remuneração atrelada à taxa básica de juros ou ao CDI (taxa que segue de perto a Selic). São os mais beneficiados com a Selic alta.
  • Pré-fixados: nesses títulos, a taxa de juros oferecida ao investidor já é acordada na emissão do ativo. Assim, o rendimento dele ao final do prazo da aplicação já é conhecido, sendo garantido, desde que o investidor carregue o título até o vencimento.
    Aqui eu peço mais cautela, principalmente nos investimentos de longo prazo, visto que temos muitas incertezas em relação ao futuro, se a inflação subir muito ela pode corroer todo rendimento até o final daquele prazo. Contudo, caso o governo dê sinais de que não haverá muitos gastos fiscais, os indicadores podem começar a melhorar e aí os prefixados ficam interessantes, se não, temos grandes riscos de uma inflação mais alta, o que prejudica esses papéis.
  • IPCA: esses sãos os títulos atrelados à inflação, nesse caso acontece o mesmo que com os pré-fixados, a melhor sugestão é que seja por um prazo mais curto. Desde que mantenha o título até o vencimento, tudo bem.

Temos outros tipos de ativos também além dos títulos públicos. Podemos citar os ativos de crédito privado.

Nesse caso, você empresta seu dinheiro para empresas e instituições financeiras, que devolvem ao final do prazo de vencimento, com juros.

Existem debêntures de grandes empresas que vão remunerar um pouco melhor que os títulos do Tesouro, temos também LCIs, LCAs, CRIs, CRAs, CDBs…

Importante atentar que é preciso escolher bem o produto que você vai investir, se a empresa que está emitindo aquela dívida tem um bom grau de saúde financeira e quais os riscos daquela aplicação.

Seja como for e qual você escolher, o importante é diversificar, estar bem informado, e é claro, contar com seu assessor de investimentos aqui da EQI.

Boas festas! Até ano que vem!

Por Júlia Wazlawick, assessora de investimentos, influenciadora e criadora de conteúdo sobre finanças e educação financeira.

Gostou de entender por que a renda fixa segue como “queridinha” em 2023? Para investir com assertividade no ano que vem, fale com a EQI.