O Banco Central divulgou nesta quinta-feira (15) o Relatório Trimestral de Inflação, no qual apresenta suas projeções para inflação.
Para 2022, o BC vê o IPCA, indicador oficial, fechando o ano em 6% ao ano, acima dos 5,8% estimados no relatório do trimestre anterior.
A inflação chegaria nesse patamar, segundo o banco, depois de atingir um pico de 11,9% no segundo trimestre, caindo de forma significativa nos trimestres seguintes. Ainda assim, a inflação de 6% estaria acima do limite superior do intervalo de tolerância (5%) da meta da inflação para o período (que é de 3,50%).
Para 2023, a inflação começaria em 5% ao ano no primeiro trimestre, pouco acima dos 4,9% da projeção anterior. Cairia para 3,9 no segundo trimestre do ano que vem, atingindo o pico de 5,9% no terceiro trimestre, e fechando o ano em 5%. A meta da inflação para 2023 é de 3,25%, ou seja, a inflação ficaria pouco acima do intervalo de tolerância (4,75%).
Já em 2024, a inflação final seria de 3%, ante 2,8% previstos no relatório trimestral de inflação de setembro. A meta deste ano é 3%, logo não haveria estouro.
Para 2025, foi mantida a projeção de 2,8%, a mesma do relatório anterior, e dentro da meta, que é de 3%.
Em termos de probabilidades estimadas de a inflação ultrapassar os limites do intervalo de tolerância, a probabilidade é próxima a 100% de a inflação ficar acima do limite superior em 2022 e de cerca de 57% em 2023.
Selic em 13,75% até agosto de 2023 e PIB de 2002 em 2,9%
Para os cenários estimados, foram usadas as projeções de dólar a R$ 5,26 em 2002, e R$ 5,31, R$ 5,36 e R$ 5,41, em 2023, 2024 e 2025, respectivamente.
A Selic a 13,75% ao ano até agosto de 2023, com posterior queda. Segundo as projeções apresentadas, a Selic chega ao final de 2023, 2024, 2025 e 2026 em 11,75%, 8,50%, 8% e 8%, respectivamente.
A projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 passou de 2,7%, no relatório anterior, para 2,9%.
A projeção de crescimento de 1% em 2023 foi mantida, refletindo cenário prospectivo de desaceleração da atividade econômica. “Incertezas domésticas e no exterior permanecem elevadas, de forma que as projeções de crescimento para o Brasil, especialmente para 2023, são mais incertas que o usual”, ressalta do Banco Central.
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