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Morre Washington Olivetto, um dos maiores publicitários do Brasil

Morre Washington Olivetto, um dos maiores publicitários do Brasil

O publicitário Washington Olivetto, um dos maiores gênios criativos da história da propaganda brasileira, morreu no último domingo (13), aos 73 anos, em um hospital no Rio de Janeiro. Internado há quase cinco meses devido a complicações pulmonares, ele não resistiu a uma falência múltipla dos órgãos.

Conhecido por revolucionar a publicidade no Brasil e dar a ela reconhecimento mundial, Olivetto assinou campanhas icônicas que marcaram gerações. Entre suas criações mais lembradas estão o “garoto Bombril”, o “cachorrinho da Cofap”, e o primeiro sutiã da Valisère. Ele também foi o responsável por transformar a Democracia Corinthiana, movimento político e esportivo, em uma marca poderosa.

Mais do que publicitário, Olivetto se tornou uma referência cultural. Com mais de 50 Leões no Festival de Cannes apenas na categoria filmes, e sendo o único latino-americano a ganhar o Clio Awards em 2001, seu trabalho transcendeu o campo da propaganda. Ele foi homenageado em músicas de Jorge Ben Jor, como “Alô, Alô, W/Brasil”, e seu nome chegou a batizar pratos de restaurantes sofisticados.

Nascido em São Paulo, em 29 de setembro de 1951, no bairro da Lapa, Olivetto cresceu inspirado pelo pai, que era vendedor, e começou sua carreira aos 18 anos como redator publicitário. Em 1986, fundou a W/Brasil, agência que se tornaria uma das mais premiadas e respeitadas do mundo. Sua trajetória profissional, marcada pela ousadia e criatividade, foi retratada no livro “Na Toca dos Leões”, de Fernando Morais.

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Entre os anos 1980 e 1990, Washington Olivetto moldou a forma de comunicação no Brasil, tirando a pompa americanizada da publicidade e trazendo um tom mais brasileiro e acessível. Ele defendia que a propaganda devia ser um “entretenimento sério”, uma forma de contar histórias que fizessem parte da vida das pessoas e da cultura popular. Mesmo com seu sucesso avassalador, Olivetto nunca deixou de ser polêmico. Nos últimos anos, criticou a obsessão por algoritmos e métricas que, em sua visão, inibiram a criatividade na publicidade moderna.

Entre as muitas homenagens que recebeu, talvez a mais inusitada tenha sido o desfile da escola de samba Gaviões da Fiel, em 2013, que contou sua trajetória no enredo sobre a história da publicidade brasileira. Corinthiano apaixonado, Olivetto também participou ativamente do movimento Democracia Corinthiana, nos anos 1980, ao lado de Sócrates e outros ícones do futebol, quando era vice-presidente do clube.

Nos últimos anos, Olivetto vivia em Londres com a família, mas mantinha um forte laço com o Brasil. Ele dedicou-se a novos formatos de comunicação, como o podcast W/Cast, onde entrevistava amigos e antigos clientes.

Washington Olivetto deixa a esposa, Patrícia, e três filhos: Homero, Antônia e Theo. Seu legado, no entanto, continuará a inspirar não apenas o mundo da propaganda, mas a cultura brasileira como um todo.

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