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David Lynch, diretor de ‘Veludo Azul’ e ‘Twin Peaks’, morre aos 78 anos

David Lynch, diretor de ‘Veludo Azul’ e ‘Twin Peaks’, morre aos 78 anos

O aclamado diretor David Lynch, responsável por filmes como ‘Veludo Azul’ (1986), ‘Cidade dos Sonhos’ (2001) e pela icônica série ‘Twin Peaks’, faleceu nesta quinta-feira (16) aos 78 anos.

Embora a causa da morte não tenha sido divulgada, ele havia revelado em 2024 que foi diagnosticado com enfisema pulmonar. Na ocasião, compartilhou que provavelmente não conseguiria mais sair de casa para trabalhar.

A confirmação da notícia foi feita pela página oficial de David Lynch no Facebook. “É com profundo pesar que nós, sua família, anunciamos o falecimento do homem e artista, David Lynch. Gostaríamos de pedir um pouco de privacidade neste momento. Há agora um grande vazio no mundo sem ele, mas, como ele diria, ‘Fique de olho no donut e não no buraco’. Hoje é um dia lindo, com o sol dourado e o céu azul iluminando o caminho”, diz o comunicado.

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Trajetória cinematográfica de David Lynch

David Lynch, cineasta e artista multifacetado nascido em 1946 nos Estados Unidos, iniciou sua jornada artística explorando a pintura, a qual chegou a estudar durante a juventude. No entanto, foi no cinema que encontrou sua verdadeira vocação, dedicando-se à realização de curtas-metragens antes de se consolidar como um dos grandes nomes do cinema contemporâneo.

Em 1977, Lynch obteve destaque imediato com seu primeiro longa-metragem, Eraserhead. Com uma abordagem surrealista e perturbadora, o filme rapidamente se tornou um clássico cult, marcando o início de uma carreira única e excêntrica.

Mas seu verdadeiro reconhecimento veio logo após o sucesso do filme. Em 1980, ele foi contratado para escrever e dirigir O Homem Elefante (1980), uma adaptação cinematográfica da comovente história de Joseph Merrick, interpretado por John Hurt. O filme foi amplamente aclamado pela crítica, recebendo oito indicações ao Oscar, incluindo Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Direção para Lynch.

Superando o Fracasso com “Duna”

Após o fracasso comercial e crítico da adaptação de Duna (1984), uma ambiciosa obra de ficção científica, Lynch se reergueu com uma série de sucessos que reafirmaram seu talento único para o cinema.

Em 1986, Lynch recebeu novamente uma indicação ao Oscar de Melhor Diretor por Veludo Azul, um noir surrealista que capturou a complexidade da psicologia humana e da violência oculta.

Seu projeto seguinte, Coração Selvagem (1990), foi premiado com a Palma de Ouro no Festival de Cannes, consolidando ainda mais sua posição como um dos maiores cineastas de sua geração.

“Twin Peaks” e a Revolução na TV

Ainda em 1990, Lynch levou sua visão artística para a televisão com a série Twin Peaks. A trama, que girava em torno da investigação da morte de uma adolescente em uma pequena cidade, conquistou rapidamente o público e se tornou um fenômeno cultural.

Apesar de seu cancelamento após a segunda temporada, a série manteve seu status cult e gerou um filme, Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer (1992), além de uma continuação 25 anos depois, em 2017.

Estilo único de Lynch

O estilo de Lynch é inconfundível: seus filmes frequentemente desafiam a lógica linear e deixam questões sem respostas definitivas, incentivando o público a buscar significados ocultos.

Com uma abordagem focada no subconsciente, em sonhos e realidades alternativas, ele cria universos cinematográficos ricos em simbolismo e ambiguidades, onde a interpretação do espectador é sempre uma parte essencial da experiência.

Para as gerações mais recentes, Lynch talvez seja mais conhecido pelo suspense psicológico e surreal de Cidade dos Sonhos (2001). O filme não só catapultou a atriz Naomi Watts ao estrelato, mas também rendeu a Lynch o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Cannes, além de uma indicação ao Oscar de Melhor Direção.

Além de diretor

Além de sua carreira como diretor, Lynch também se aventurou como ator. Sua mais recente aparição foi em Os Fabelmans (2022), onde interpretou o lendário diretor John Ford, em uma homenagem ao cinema clássico e sua própria trajetória no meio cinematográfico.

David Lynch continua a ser uma figura fundamental na história do cinema, com um legado que transcende gerações e inspira cineastas ao redor do mundo.

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