Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
/Money Week
Notícias
Oliver Stuenkel traz sua análise geopolítica para a Money Week

Oliver Stuenkel traz sua análise geopolítica para a Money Week

Muita experiência internacional e bagagem de muitas milhas acumuladas na geopolítica. Este é o perfil de Oliver Stuenkel.

Nascido na Alemanha, mas “de coração brasileiro”, ele é uma das principais vozes especialistas em Relações Internacionais que ecoam por aqui.

Stuenkel é um dos convidados confirmados na Money Week, evento online e gratuito que a EQI Investimentos promove entre os dias 14 e 17 de agosto – clique aqui para participar!

Conheça a seguir um pouco mais sobre Oliver Stuenkel.

banner Money Week

Quem é Oliver Stuenkel?

Nascido na Alemanha, Oliver Stuenkel, é especialista em Relações Internacionais, sendo professor associado da disciplina na Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenador do programa de pós-graduação da Escola de Relações Internacionais da mesma instituição. Está ainda à frente da Escola de História e Ciências Sociais em São Paulo (CPDOC-SP) e do MBA em Relações Internacionais.

Possui Mestrado em Políticas Públicas pela aclamada Kennedy School of Government de Harvard University, onde foi McCloy Scholar, e ainda Doutorado em Ciência Política pela Universidade de Duisburg-Essen, na Alemanha.

Sua experiência em geopolítica fez com que seu nome fosse constantemente lembrado nos principais jornais e publicações do mundo, como El País e Americas Quarterly. Também colaborou com outros jornais como o New York Times (Estados Unidos), Financial Times (Inglaterra), Global Times (China), entre outros.

A temática da pesquisa da Oliver Stuenkel concentra-se na política externa do Brasil, no crescimento do protagonismo chinês e de seu impacto na ordem mundial atual, bem como na política do Cone Sul.

Além disso, publicou diversas obras, tais como “IBSA: the rise of the Global South?” (Routledge 2014), “BRICS and the Future of Global Order” (Lexington, 2015) e “Post-Western World: How emerging powers are remaking world order” (Polity, 2016).

Entre 2016 e 2019, chefiou a coordenação de um projeto de história oral. A ideia foi gravar depoimentos com ex-presidentes, chanceleres e diplomatas latino-americanos. Atualmente dedica-se a escrever um livro cuja temática é a disputa tecnológica entre Estados Unidos e a China.

Oliver Stuenkel: presença em eventos da EQI

Recentemente, Oliver Stuenkel participou de duas lives da EQI Investimentos, EQI Talks, nas quais explicou sobre o atual cenário internacional, com conflitos entre Rússia e Ucrânia, EUA x China e China x Taiwan.

“Desde o pós-guerra, a ideia do mundo ocidental sempre foi integrar a China e a Rússia em um sistema democrático e globalizado. Mas desde o governo Barack Obama já se tem a percepção de que a estratégia não gerou os resultados esperados”, diz.

“O que vejo é um downgrade nas relações, especialmente na cooperação militar entre as potências, e essa piora nas relações precisa estar no radar das empresas, dos fundos e dos investidores”, avalia.  

O especialista afirma que vê, na China, uma insegurança constante em relação a um possível desfecho militar para as questões políticas e econômicas com os EUA.

O governo, ele diz, estabeleceu com a população uma espécie de “acordo” de direitos econômicos em troca de direitos políticos e mantém um discurso nacionalista exacerbado, até mesmo para justificar suas dificuldades em momento complexo do cenário macroeconômico.  

“Claramente, existe um preparo para um confronto armado e para um crescimento econômico menor. E sempre apontando como causa para o baixo crescimento as tentativas americanas de conter o desenvolvimento chinês”, afirma.

Rússia x Ucrânia na visão de Oliver Stuenkel

Sobre a Rússia, ele disse que o país passou por profundas mudanças desde 1989, quando ocorreu a queda do Muro de Berlim e o consequente fim da Guerra Fria, que dividiu o mundo em duas zonas antagônicas durante anos. Cenário que parece se repetir nos dias atuais.

Desde o colapso da União Soviética, a leitura russa é de que o país foi, de certa forma, humilhado. Além disso, a interpretação é de que o sistema liberal, no fundo, sempre teve como objetivo enfraquecer o estado russo.

“Havia a expectativa de que a Rússia se tornaria um pais liberal e democrático, o que não se concretizou. Isso ficou claro no final do governo Obama, e o atual conflito é um dos reflexos disso”, avaliou ele.

Participação de Oliver Stuenkel na Money Week

Oliver Stuenkel também marcou presença na sétima edição da Money Week, em 2022, que avaliou os 100 primeiros dias do governo Lula.

De acordo com o especialista em relações internacionais, com Lula eleito presidente nas eleições de 2022, o mundo espera do Brasil uma agenda com maior preocupação ambiental. 

Stuenkel destaca que o mundo deixou de prestar a atenção em Lula quando ele deixou a presidência em 2010. 

“Basicamente, no cenário internacional, o ‘capítulo Lula’ se encerrou naquele ano e agora voltou para uma nova história”, ressalta. 

Segundo ele, isso explica o motivo da expectativa de que o crescimento econômico que houve no passado, quando o Brasil surfou a onda das commodities, seja repetido agora.  

Já internamente, a condução da responsabilidade fiscal é o que está no foco de atenção. 

Contudo, Stuenkel mantém uma análise positiva para a América Latina como um todo. “Apesar de todos os problemas, a região está menos exposta a conflitos geopolíticos, o que pode ser uma vantagem para os investidores”, destaca. 

Oliver Stunkel: preocupação com inflação domina cenário global 

Oliver Stuenkel lembra ainda que o mundo está vivendo uma atual onda de governos pouco populares ao redor do mundo. 

Segundo ele, um dos principais motivos para isso é o descontentamento com serviços públicos ruins. “Além disso, a inflação, é o principal fator que corrói a taxa de aprovação de governos”.

O especialista reitera que tal cenário é propenso para que até países desenvolvidos verifiquem uma virada nas urnas. “ Isso deve afetar também os EUA. Se a inflação continuar elevada por lá, o mais provável é que os americanos elejam o candidato da oposição”, adverte. 

Ele continua: “A América Latina é um caso clássico. Tivemos agora 15 eleições e em todas elas, a oposição venceu. A pessoas estão votando contra os governos atuais, independentemente de serem de esquerda ou de direita”, analisa Oliver Stuenkel.

  • Oliver Stuenkel é uma das personalidades que estarão presentes na Money Week, um dos maiores eventos sobre investimentos da América Latina, que acontece de maneira online e gratuita dias 7 e 8 de março. Clique aqui e garanta sua vaga!