A Vale ($VALE3) e o grupo chinês Jinnan Iron & Steel confirmaram nesta segunda-feira (28), uma parceria para implementar uma nova unidade de concentração de minério de ferro no Porto e Zona Livre de Sohar, em Omã.
Com investimentos combinados de mais de US$ 600 milhões, a planta deverá começar a operar em 2027 e se tornará peça-chave na produção de minério de alta qualidade para a indústria do aço na região.
A Vale aportará US$ 227 milhões para conectar a unidade de Sohar às suas instalações de aglomeração, enquanto a Jinnan investirá cerca de US$ 400 milhões para construir e operar a planta, da qual será proprietária.
O projeto prevê o processamento de 18 milhões de toneladas anuais de minério de ferro de baixa qualidade, resultando em 12,6 milhões de toneladas de concentrado de alto padrão, produto que atenderá à demanda crescente por materiais de qualidade no mercado de aço.
Para Gustavo Pimenta, presidente da Vale, o investimento em Sohar é fundamental para expandir a presença da empresa no Oriente Médio e ampliar a capacidade de suprimento global de minério de ferro.
“Este projeto une a capacidade do Brasil de produzir minério de alta qualidade com a localização estratégica e infraestrutura robusta de Omã, reforçando ainda mais nossos laços com a China por meio da Jinnan”, destacou Pimenta em nota.
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O CEO da Jinnan, Zhang Tianfu, compartilhou a sua visão sobre a parceria, ressaltando que a colaboração busca redefinir a produção de aço no Oriente Médio, priorizando eficiência e qualidade. Ele acrescentou que a planta será um marco no avanço da indústria siderúrgica da região.
O projeto de Sohar é parte de uma estratégia maior da Vale, que pretende replicar este modelo de investimento em outros “Mega Hubs” industriais. Além de Omã, a mineradora já anunciou complexos similares na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos e também firmou acordos para aplicar o mesmo conceito no Brasil e nos Estados Unidos.
Nesses hubs, a Vale deverá construir e operar plantas de concentração de minério e produção de briquetes, enquanto parceiros locais serão responsáveis pela infraestrutura logística e investidores se ocuparão das plantas de redução direta e aquisição do HBI.
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