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Usiminas tem prejuízo de R$ 3,5 bi no 3TRI25; impairment e menor produção de aço pesam

Usiminas tem prejuízo de R$ 3,5 bi no 3TRI25; impairment e menor produção de aço pesam

A Usiminas (USIM5) encerrou o terceiro trimestre de 2025 (3TRI25) com prejuízo líquido de R$ 3,5 bilhões, revertendo o lucro de R$ 184,6 milhões obtido no mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, o resultado foi fortemente impactado pelo reconhecimento de impairment de ativos não financeiros, no montante de R$ 2,2 bilhões.

A receita líquida somou R$ 6,6 bilhões, com queda de 3% em relação ao 3TRI24, refletindo a menor demanda no mercado interno e os menores preços médios do aço.

O EBITDA ajustado foi de R$ 434 milhões, avanço de 2% na comparação anual, com margem EBITDA ajustada de 7%, frente a 6% no 3TRI24.

Reprodução do release de resultados da Usiminas do 3TRI25
Reprodução do release de resultados da Usiminas

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Mineração cresce, mas siderurgia segue pressionada

A produção de aço bruto caiu 15% em relação ao 3TRI24, para 746 mil toneladas, enquanto a produção total de laminados recuou 2%. O volume de vendas de aço também diminuiu 2% no comparativo anual, totalizando 1,1 milhão de toneladas.

O desempenho foi parcialmente compensado pelo crescimento da mineração, cuja produção de minério de ferro avançou 10% em relação ao mesmo período do ano passado, somando 2,4 milhões de toneladas. As vendas aumentaram 9%, para 2,5 milhões de toneladas, impulsionadas pelo bom desempenho nas exportações, que responderam por 74% do volume total.

Estrutura de capital fortalecida e dívida em queda

Mesmo com o prejuízo contábil, a Usiminas encerrou o trimestre com forte redução da dívida líquida, que passou de R$ 644 milhões no 3TRI24 para R$ 327 milhões, queda de 49%. A alavancagem recuou para 0,16x o EBITDA ajustado, ante 0,38x um ano antes, reforçando a disciplina financeira.

O caixa e aplicações financeiras totalizaram R$ 6 bilhões, alta de 2% sobre o 3TRI24, garantindo uma posição confortável de liquidez. O fluxo de caixa operacional atingiu R$ 878 milhões, enquanto os investimentos (CAPEX) somaram R$ 266 milhões, 32% acima do mesmo trimestre de 2024.

Leia também:

Administração reconhece efeito não recorrente e reforça prudência

Em mensagem aos investidores, a administração afirmou que o resultado do trimestre foi pontualmente impactado por fatores não recorrentes, mas ressaltou que a empresa mantém sólida posição financeira e foco na eficiência operacional.

“O reconhecimento de impairment reflete uma revisão prudencial dos valores recuperáveis de ativos, sem efeito no caixa da companhia”, destacou a Usiminas.

“A sólida posição de caixa e o controle rigoroso da alavancagem garantem a flexibilidade necessária para enfrentar os desafios de mercado e seguir investindo na competitividade dos nossos negócios”, complementou a administração.

Perspectivas: cautela no curto prazo e foco em eficiência

A Usiminas adota uma visão cautelosa para o fim de 2025, diante da desaceleração da indústria global e do ambiente de preços ainda pressionado no mercado doméstico. A companhia aposta na recuperação gradual da demanda por aço — especialmente nos segmentos automotivo e de construção civil — e na continuidade da expansão das exportações de minério de ferro, que seguem sustentando parte dos resultados.