O diretor financeiro da Petrobras (PETR3; PETR4), Sérgio Leite, reiterou que não há planos de estatizar a Braskem (BRKM5), em evento com analistas de bancos de investimento. A alta administração da estatal sinalizou que faria sentido para a petroquímica ter um “parceiro estratégico”. As informações são do jornal Valor Econômico.
Após a fala do diretor, as ações preferenciais da Braskem chegaram a subir até 9,8%. Os papéis encerraram a sessão em alta de 6,84%, a R$ 24,99.
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Segundo o jornal, em uma ligação privada com analistas na quinta-feira (10), Leite disse que a Petrobras considera a Braskem um negócio estratégico, já que a transição para a energia verde pode tornar a gasolina menos lucrativa. Atualmente, a estatal é a segunda maior acionista da Braskem.
Fatia da Novonor na Braskem no radar
Entre os direitos preferenciais da Petrobras sobre a petroquímica estão o tag-along e a participação de controle na Braskem – algo que a Novonor (ex-Odebrecht) está sendo pressionada a vender.
A Novonor vem recebendo ofertas não vinculantes desde maio. Entre os interessados estão Unipar Carbocloro SA (UNIP6), J&F Investimentos SA, e a dupla Abu Dhabi National Oil Co. e Apollo Global Management.
Essa não é a primeira vez que a holding dos irmãos Batista, a J&F, oferecem um valor pela petroquímica. A companhia fez uma proposta indicativa anteriormente, não vinculante, de R$ 9 bilhões (R$ 30 por ação) pelos 50,1% que a Odebrecht detém na Braskem.
A Petrobras também chegou a pedir acesso ao data room da companhia, iniciando um due diligence (investigação de uma oportunidade de negócio). A petroleira explicou, na época, que a medida está prevista no Acordo de Acionistas da Braskeml assinado com a Novonor.
As autoridades da Petrobras vão aguardar a decisão da Novonor antes de uma decisão, segundo fontes. No entanto, a empresa não vê avanço em nenhuma das ofertas e planeja manter sua participação atual na Braskem.