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Cielo (CIEL3) suspende OPA após pedidos de assembleia especial

Cielo (CIEL3) suspende OPA após pedidos de assembleia especial

A Cielo ($CIEL3) suspendeu o processo de registro de sua oferta pública unificada (OPA), que tem como objetivo a conversão do registro de companhia aberta da categoria “A” para “B”, e a saída do Novo Mercado, o segmento de maior governança corporativa da B3 ($B3SA3).

A suspensão ocorreu devido aos pedidos de convocação de uma assembleia especial de acionistas titulares de ações em circulação no mercado. Esses pedidos foram feitos por alguns investidores minoritários que se opõem à oferta.

Entre os acionistas minoritários, existe um grupo de seis gestoras, que inclui a Encore, a Clave, a Mantaro, a Ibiuna Ações, a Ibiuna Macro, a XP Gestão de Recursos e a AZ Quest. Além disso, fontes do mercado indicam que os mega investidores Luis Barsi e Victor Adler também estão liderando este pedido.

A oferta pública unificada foi anunciada pelos controladores da Cielo, o Banco do Brasil ($BBAS3) e o Bradesco ($BBDC4). De acordo com a Cielo, o preço por ação na oferta será de R$ 5,35, um valor 6,4% superior ao fechamento do papel na segunda-feira (05), dia anterior ao anúncio da OPA.

Segundo a empresa, o objetivo dos controladores é simplificar a estrutura societária da Cielo e reduzir os custos operacionais e regulatórios da companhia.

Os acionistas minoritários relatam que o laudo de avaliação feito pelo Bank of America para os controladores contém erros básicos que subestimam o valor da companhia. Por isso, eles acreditam que é necessário ajustar este preço, visto que o laudo atual está incorreto.

Por isso, esse grupo solicitou a convocação de uma assembleia geral extraordinária, na qual pretendem aprovar a exigência de um novo laudo de avaliação, realizado por uma instituição independente. Se isso ocorrer, a Cielo teria que pagar o maior preço entre os dois laudos aos acionistas que aderirem à OPA.

De acordo com eles, um ajuste nas premissas utilizadas pelo banco aumentaria o preço das ações de R$ 5,35 propostos para R$ 7,89, e a comparação com outras empresas do setor listadas na Bolsa o elevaria a R$ 8,61. Sob essas premissas, o desembolso dos dois bancos passaria dos R$ 5,9 bilhões previstos na proposta original para algo entre R$ 8,7 bilhões e R$ 9,5 bilhões.

Cielo: participação do BB pode chegar quase 50%

Ao mesmo tempo, o Banco do Brasil comunicou que seu conselho de administração aprovou a execução da OPA da Cielo. A aquisição de ações pelo banco estatal pode chegar a totalidade das ações em circulação da Cielo, resultando em um aumento da participação acionária indireta do BB de até 49,99%.

Quanto aos American Depositary Receipts (ADRs) da empresa, negociados no mercado de balcão organizado dos Estados Unidos sob o código “CIOXY”, seus detentores podem participar da OPA. Para isso, devem cancelar seus ADRs, resgatar as ações subjacentes da empresa e alienar essas ações no contexto da OPA, conforme informado pela Cielo.