A Braskem (BRKM5) anunciou a saída de Roberto Bischoff, que deixará o cargo de CEO no dia 30 de novembro. Em seu lugar, a Novonor (a antiga Odebrecht), acionista controladora da companhia, indicou Roberto Prisco Paraiso Ramos para assumir a presidência da Braskem.
A decisão ainda será formalmente submetida à aprovação do Conselho de Administração.
Roberto Prisco Paraiso Ramos é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), possui especialização em Gestão de Negócios pela Harvard Business School e atualmente é mestrando em Finanças pela Universidade de Leicester.
Com uma carreira marcada por passagens de destaque em diferentes áreas, Ramos já atuou como vice-presidente da própria Braskem entre 2002 e 2010, período no qual liderou projetos estratégicos, incluindo o desenvolvimento do Projeto Etileno XXI no México.
Ele também foi diretor-presidente da Ocyan, empresa do setor de óleo e gás, onde liderou o processo de desinvestimento da Novonor no negócio.
No entanto, a trajetória de Ramos também inclui um episódio polêmico.
Em 2016, ele foi temporariamente preso durante a “Operação Xepa”, uma das fases da Lava Jato, sob suspeita de envolvimento em esquemas de propina. E-mails revelaram que códigos como “acarajé” eram usados para solicitar pagamentos ilícitos. Na ocasião, o juiz Sérgio Moro vetou sua viagem ao exterior, citando a necessidade de sua permanência no Brasil para colaborar com as investigações.
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Braskem: Bischoff encerra passagem com avanços operacionais e novas parcerias
Roberto Bischoff, o CEO atual, encerra seu mandato com uma série de conquistas para a Braskem.
Durante um período de baixa no setor, Bischoff liderou avanços que fortaleceram a competitividade da indústria petroquímica nacional, incluindo uma parceria com a SCG Chemicals, na Tailândia, e a expansão da planta de eteno verde no Brasil, alinhada à estratégia de crescimento em energias renováveis.
Outra importante realização foi o progresso de 88% na construção do Terminal de Recebimento de Etano no México (TQPM), que contribui para a expansão das operações internacionais da Braskem.
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