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Ataques incendiários sabotam linhas de trem na abertura das Olimpíadas

Ataques incendiários sabotam linhas de trem na abertura das Olimpíadas

No dia da abertura das Olimpíadas de Paris, várias linhas de trem na França foram alvo de uma série de “ataques incendiários coordenados”.

Autoridades relataram atos de sabotagem “massivos” em alguns dos principais eixos do sistema ferroviário, resultando em filas, cancelamentos de viagens e milhares de pessoas impedidas de embarcar ou chegar ao destino nas estações da capital.

O governo não classificou o incidente como terrorismo, mas condenou os “atos criminosos”, mencionando que cabos das linhas de trem foram cortados e queimados, além de instalações elétricas destruídas.

Horas depois, o aeroporto de Basileia-Mulhouse, na fronteira entre a França e a Suíça, foi evacuado após um alerta anônimo de bomba. “Por questões de segurança, o terminal foi evacuado e está atualmente fechado”, informou o aeroporto, com todos os voos suspensos.

Cerca de 800 mil franceses planejavam utilizar o sistema ferroviário neste fim de semana, muitos para assistir à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos na noite desta sexta-feira.

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Gabriel Attal, primeiro-ministro da França, classificou os atos como “sabotagem” e sugeriu que foram “coordenados e preparados”. Ele mobilizou os serviços de inteligência para “encontrar e punir” os responsáveis.

“Esse ataque não é uma coincidência. Trata-se de um esforço para desestabilizar a França”, afirmou Valerie Precresse, presidente da região de Paris.

Ataques nas Olimpíadas de Paris: operação de segurança é a maior em tempo de paz

A operação de segurança do governo francês será a maior em período de paz, com 45 mil policiais, 10 mil soldados e 2 mil agentes privados. Com mais de 100 chefes de estado em Paris e a primeira abertura dos Jogos realizada fora de um estádio, o presidente do COI, Thomas Bach, tentou tranquilizar o público, afirmando: “Temos plena confiança nas autoridades francesas”.

O Ministério Público da França anunciou a abertura de um inquérito, indicando que os responsáveis podem enfrentar até 15 anos de prisão e uma multa de mais de 300 mil euros.

Os incidentes ocorreram durante a madrugada entre quinta e sexta-feira, com pelo menos três incêndios registrados em locais distantes centenas de quilômetros uns dos outros. A polícia informou que um outro ataque foi evitado, mas não forneceu detalhes adicionais.

O tráfego foi interrompido em várias estações de Paris, afetando também os trens que ligam a capital francesa a Londres, resultando em cancelamentos. A SNCF, empresa que administra a rede ferroviária da França, relatou um “ataque maciço para paralisar” sua rede de TGV, o trem de alta velocidade.

Em um comunicado, a SNCF afirmou que o tráfego de TGV nas rotas Atlântico, Norte e Leste seria “muito prejudicado”. O Ministério dos Transportes denunciou “atos maliciosos coordenados”, enquanto a empresa explicou que havia “um desejo de derrubar todas as linhas de alta velocidade na França”. A responsável pela manutenção dos trilhos descreveu o ataque como uma “ação em grande escala”.

Patrice Vergriete, ministro dos Transportes, afirmou que “todas as evidências que temos mostram claramente que o ataque às Olimpíadas de Paris foi deliberado: a hora do dia, as vans encontradas com pessoas fugindo, especialmente no lado sudeste, e os dispositivos incendiários encontrados no local”. Ele concluiu: “Tudo indica que foi um incêndio criminoso”.