O Banco Central “surpreendeu” muitos ontem com mais um “MANTEU”. Com a taxa básica de juros da economia brasileira nos mesmos patamares por mais um tempo, o que deve acontecer com o Real?
Diferencial de juros
O famoso carry trade, nada menos que o diferencial de juros locais com o que acontece lá fora, segue ajudando. Com o país mais atrativo ao capital estrangeiro, o Real não tem outro caminho senão o de ganhar valor frente aos seus pares…
DXY
Quando olhamos o índice que comporta uma cesta de moedas contra o USD, o que acontece por aqui fica ainda mais evidente. A moeda americana segue valorizada frente aos seus pares, comprovando a tese de que o movimento recente da divisa brasileira é mesmo local. Na contramão do resto mundo, em outras palavras.
Paradas de sucesso
O fiscal segue relativamente sob controle, as agências de risco melhoraram as perspectivas para a economia e o equilíbrio de forças em Brasília se somam para a “tempestade perfeita” no câmbio. O BRL deve seguir, até segunda ordem, descendo de escada…
Oportunidade para Importadores
A janela segue aberta. O câmbio segue batendo as mínimas do ano e, ao que tudo indica, deve seguir assim conforme comentamos acima. Pode ser um bom momento para fazer aquela remessa de recursos ao exterior ou mesmo antecipar o pagamento de fornecedores…
Mas bate os R$ 4,50?
Espaço para isso existe, sim. Porém, não é nosso call aqui na EQI. O que tende a ajudar a chegar neste patamar é nada menos que alguma redução nos juros ou medida que torne o dólar menos “atrativo” nos EUA. Algo que não está no radar dos investidores nem do Fed segundo o último comunicado. O jeito é aguardar…
Câmbio, desligo!
Por Alexandre Viotto, co-head de Banking da EQI Investimentos
