Estamos de volta! Após um curto inverno, relançamos hoje a nossa coluna semanal que trata do ativo mais volátil do mercado financeiro. E apesar dos pesares, seguimos com aquele samba de uma nota só: inflação. Tanto no Brasil quanto no exterior…
Câmbio: nos EUA, inflação no pico dos últimos 40 anos
O Federal Reserve (Fed) segue repetindo aos quatro ventos que vai ser mais agressivo nas altas de juros. Porém, o risco de recessão no horizonte tem segurado (e muito) as expectativas do mercado. Desta forma, parece que o Banco Central de lá terá que fazer uma “escolha de Sofia”. Controla a inflação sob o risco de “matar” a economia ou segura o aperto monetário na esperança do PIB não desacelerar… Nada fácil.
O velho continente também sofre…
Quem diria, não é mesmo? A Alemanha “conseguiu” um feito inédito recentemente. O país foi por muitos anos a nação com o maior superávit comercial do planeta.
Porém, seja por conta do preço do gás natural ou da recessão global, amargou o seu primeiro déficit em 30 anos. Para “ajudar”, a inflação também segue nas alturas e a população parece estar perdendo a paciência com os governantes. Casos da Itália e Reino Unido, por exemplo…
Já no Brasil…
Com as eleições batendo à porta, as coisas começam a esquentar ainda mais em Brasília. O Planalto segue cortando impostos e investe nos benefícios da chamada PEC das Bondades.
Apesar de parecer uma boa notícia, nem todo o mercado se animou com o fato.
Com fiscal sofrendo, o dólar vai na mesma direção.
A queda no IPCA vai ocorrer por conta da diminuição dos impostos. O problema está em renunciar a esta receita sem haver corte de despesa na mesma medida… O resultado é um buraco no orçamento, algo que coloca em xeque a capacidade do governo em honrar as suas obrigações no futuro. E o real se desvaloriza…
Seguimos com o nosso call de muita volatilidade para o curto prazo. E com muita atenção ao horizonte, especialmente após a decisão de quem vai dar as cartas no Planalto a partir de 2023. Já estamos sentindo os efeitos da eleição e a tendência é de mais turbulências à frente. A conferir…
Não deixe de nos consultar para as melhores estratégias para aproveitar o momento atual. Abraços e até semana que vem. Câmbio, desligo.
Por Alexandre Viotto, head de câmbio e comércio exterior da EQI Investimentos
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