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Trump e Pfizer fecham acordo para baratear medicamentos nos EUA

Trump e Pfizer fecham acordo para baratear medicamentos nos EUA

A Pfizer (PFE; PFIZ34) uma das maiores farmacêuticas do mundo, anunciou nesta terça-feira (30) um acordo com o governo do presidente Donald Trump para reduzir os preços de diversos medicamentos nos Estados Unidos. A medida busca alinhar os valores pagos pelos americanos aos praticados em outros países desenvolvidos e, segundo a Casa Branca, pode significar cortes de até 100% — e em alguns casos até 300%, de acordo com declarações do próprio Trump.

O acordo prevê que a Pfizer participe da plataforma TrumpRx.gov, um site de venda direta ao consumidor, onde medicamentos poderão ser adquiridos com descontos médios de 50% e, em alguns tratamentos de atenção primária e marcas especializadas, os cortes podem chegar a 85%.

Em contrapartida, a farmacêutica conquistou um período de três anos de isenção de possíveis tarifas sobre produtos farmacêuticos, desde que amplie seus investimentos em pesquisa e manufatura nos EUA.

Trump e Pfizer: acordo prevê investimentos de US$ 70 bi

A empresa se comprometeu a investir US$ 70 bilhões adicionais em pesquisa, desenvolvimento e projetos de capital, além dos US$ 83 bilhões já aplicados entre 2018 e 2024. Atualmente, a Pfizer emprega cerca de 31 mil pessoas no país e mantém 13 unidades de fabricação e distribuição, além de sete centros de pesquisa.

“Estamos reduzindo custos para os pacientes e, ao mesmo tempo, possibilitando maior investimento no ecossistema biofarmacêutico dos EUA”, afirmou Albert Bourla, CEO da Pfizer, durante cerimônia na Casa Branca ao lado de Trump. Segundo ele, a iniciativa encerra o modelo em que famílias americanas arcavam sozinhas com o peso global da inovação em saúde.

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A farmacêutica também anunciou que manterá foco em áreas estratégicas como oncologia, obesidade, vacinas e imunologia. Para investidores, a companhia segue atraente: negocia hoje a um P/L de 13, com dividend yield de 7,21% e um histórico de 55 anos consecutivos de pagamentos de dividendos. Análises do InvestingPro indicam ainda que suas ações estão subvalorizadas em relação ao valor justo estimado.

Apesar do otimismo, algumas instituições do mercado mantêm cautela. A Cantor Fitzgerald, por exemplo, reiterou recomendação neutra para os papéis da Pfizer, com preço-alvo de US$ 24.

O anúncio ocorre em um momento de forte pressão política. Em julho, Trump enviou cartas a 17 farmacêuticas exigindo cortes nos preços, com prazo para resposta até 29 de setembro. A iniciativa busca popularidade em ano eleitoral e tenta responder às críticas sobre o alto custo dos medicamentos nos EUA.