A BRF (BRFS3) anunciou a assinatura de um contrato vinculante, através de sua joint venture BRF Arabia Holding Company, para adquirir 26% da Addoha Poultry Company, uma das principais empresas de abate de frangos na Arábia Saudita.
A BRF detém 70% da BRF Arabia, enquanto a parceira Halal Products Development Company (HPDC), subsidiária do fundo soberano saudita Public Investment Fund (PIF), controla os 30% restantes. O valor total da transação é de US$ 84,3 milhões.
Com a conclusão da transação, prevista após aprovação regulatória, a BRF Arabia e os atuais acionistas da Addoha irão firmar um acordo de acionistas, que garantirá a participação da BRF na gestão da companhia saudita.
Segundo a empresa, o investimento não apenas reforça sua presença no Oriente Médio, mas também “consolida a BRF como uma das principais parceiras da Arábia Saudita em sua agenda de segurança alimentar”, destaca a empresa.
A companhia brasileira vê esse movimento como um importante passo na estratégia de expansão no Oriente Médio, onde atua há 50 anos, com marcas já consagradas no mercado local.
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BRF: EQI Research elogia retomada de expansão na Arábia Saudita
A recente expansão da BRF na Arábia Saudita foi vista com otimismo pelo analista da EQI Research, Tiago Maciel, especialmente devido à relevância estratégica desse mercado.
O especialista destacou que a Arábia Saudita, um dos maiores importadores de carne de frango do Brasil, tem adotado políticas de segurança alimentar com vistas à autossuficiência na produção de alimentos. Esse cenário cria um ambiente propício para que empresas brasileiras fortaleçam sua presença no país.
Segundo Maciel, essa movimentação da BRF não é recente, pois a empresa já havia adquirido uma unidade de produção de alimentos processados na Arábia Saudita em 2020.
Ele ainda destacou que os desafios enfrentados pela companhia nos últimos anos limitaram o avanço do projeto, mas a situação atual oferece novas oportunidades.
“Agora, com uma significativa melhora operacional e financeira, achamos que faz total sentido a retomada de um movimento como este”, observou o analista.
Maciel também salientou que a empresa possui, atualmente, uma estrutura de capital mais sólida, com a alavancagem reduzida a 1,1 vezes o índice de dívida líquida sobre EBITDA no último trimestre – o menor nível em nove anos.
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