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IPCA-15 sobe 0,95% em março, a maior variação para o mês desde 2015

IPCA-15 sobe 0,95% em março, a maior variação para o mês desde 2015

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) subiu 0,95% em março, acima da inflação projetada pelo BTG Pactual (BPAC11), que era de 0,81%. Mesmo com o aumento, a taxa ficou abaixo do índice registrado em fevereiro, que foi de 0,99%. Este é o maior aumento para um mês de março desde o ano de 2015, quando registrou 1,24%.

Os dados foram divulgados, na manhã desta sexta-feira (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Gráfico de variação do IPCA-15

O IPCA-E, que é o indicador acumulado no trimestre (entre os meses de janeiro a março), ficou em 2,54%. A inflação ficou acima da taxa apresentada pelo mesmo de 2021. que foi de 2,21%.

O resultado acumulado dos últimos 12 meses do IPCA-15 também ficou acima da expectativa. A inflação oficial acumulada está em 10,79%, bem maior dos 10,63% projetados pelo BTG Pactual. Em fevereiro, o IPCA dos últimos 12 meses era de 10,76%. 

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De acordo com o IBGE, houve variações positivas em todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados.  O principal destaque foi alimentos e bebidas com a maior variação (1,95%) e o maior impacto (0,40 p.p.), e aceleração em relação ao mês anterior (1,20%). 

Saúde e cuidados pessoais, cujos preços subiram 1,30%, depois da queda em fevereiro (-0,02%), tiveram o segundo maior impacto. Na sequência, vieram os Transportes, com 0,15 p.p. de contribuição e alta de 0,68%). Juntos, os três grupos contribuíram com cerca de 75% do resultado do IPCA-15 de março.

Alimentos puxam alta da inflação do mês de março

A alta dos alimentos foi impulsionada pelos aumentos dos preços de alimentos para consumo no domicílio (2,51%) por causa da influência de fatores climáticos, como estiagem no Sul e chuvas no Sudeste.

Dessa forma, disparou os preços da cenoura (45,65%), e altas expressivas nos preços do tomate (15,46%) e das frutas (6,34%). As altas atingiram ainda os preços da batata-inglesa (11,81%), do ovo de galinha (6,53%) e do leite longa vida (3,41%). Nas quedas, destaque para o frango em pedaços (-1,82%), cujos preços já haviam caído em fevereiro (-1,31%). 

Reajuste nos combustíveis encarecem segmento dos transportes

Em transportes, os preços da gasolina subiram 0,83%, o subitem de maior peso no IPCA-15, 6,40% do total. O aumento deve-se ao reajuste de 18,77% do combustível nas refinarias, em 11 de março. Além da gasolina, houve altas nos preços do óleo diesel (4,10%) e do gás veicular (5,89%). 

Contudo, o etanol foi a exceção, com queda de 4,70%. Destaca-se também o resultado das passagens aéreas (-7,55%), cujos preços caíram pelo terceiro mês consecutivo.

Ainda em transportes, embora tenham apresentado alta, automóveis novos (0,83%) e usados (0,70%), estes produtos registraram queda em relação ao mês anterior (2,64% e 2,10%, respectivamente).

Nos transportes públicos, a variação positiva de ônibus urbano (1,04%) ocorre devido aos reajustes nas passagens em Curitiba (10,67%): reajuste de 22,23%, a partir de 1º de março; Recife (9,07%): reajuste de 9,33%, em vigor desde 13 de fevereiro; e Fortaleza (0,26%): reajuste de 8,55%, vigente desde 15 de janeiro. 

Também houve aumento nas passagens dos ônibus intermunicipais (0,37%) em Curitiba (1,51%) e no Rio de Janeiro (4,12%), ambos a partir de 1º de março.

Outros destaques do IPCA-15

O IBGE também destaca os gastos com Habitação (0,53%) e Artigos de residência (1,47%), este último com a segunda maior variação no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Comunicação e o 0,95% de Vestuário.