
IR e investimentos no exterior: o que muda para pessoa física e offshore?
10 Mar 2025 às 11:31 · Última atualização: 10 Mar 2025 · 2 min leitura
10 Mar 2025 às 11:31 · 2 min leitura
Última atualização: 10 Mar 2025
A rede norte-americana de farmácias Walgreens Boots Alliance (WBA) será adquirida pela Sycamore Partners por US$ 10 bilhões, conforme anunciado ao mercado na última semana. Com isso, a gigante farmacêutica encerra quase um século de negociações na bolsa. O valor da transação representa apenas uma fração dos US$ 100 bilhões que a empresa chegou a valer há uma década.
O declínio da Walgreens foi impulsionado pela queda das margens de medicamentos e pela concorrência de rivais mais acessíveis, como Amazon e Walmart. Enquanto seus concorrentes expandiam para setores como seguros e gerenciamento de prescrições, a Walgreens investiu bilhões na compra de outras redes, como a europeia Alliance Boots, contrariando a crescente digitalização do varejo.
A Sycamore Partners pagará US$ 11,45 por ação, um prêmio de 8% em relação ao fechamento da Walgreens na quinta-feira (6), que foi de US$ 10,60.
Desde 2015, a empresa viu seu valor de mercado despencar 90%, atingindo US$ 9,3 bilhões, enquanto suas dívidas e obrigações de arrendamento chegaram a quase US$ 30 bilhões. A transação, incluindo pagamentos e dívidas, tem um valor total estimado de US$ 23,7 bilhões, segundo o banco de investimentos Leerink Partners.
Especializada em investimentos no varejo e consumo, a Sycamore tem um histórico de aquisição de redes em dificuldades para extrair lucros. Entre suas aquisições anteriores estão Staples, Talbots e Nine West. Sua estratégia geralmente envolve a venda de ativos valiosos e cortes de custos nas operações restantes, frequentemente priorizando o pagamento de dividendos em vez do crescimento da empresa adquirida.
Em 2019, a empresa de private equity KKR tentou adquirir a Walgreens por US$ 70 bilhões, mas as negociações não avançaram, segundo o Morgan Stanley. Desde então, a rede tem fechado milhares de lojas e implementado um programa de corte de custos de US$ 1 bilhão sob a liderança do CEO Tim Wentworth, obtendo alguns resultados positivos.
Atualmente, a Walgreens opera com 312 mil funcionários distribuídos em 12 mil lojas em oito países, um número significativamente menor do que os 450 mil empregados e 21 mil lojas em 25 países que possuía há quatro anos. Grande parte dos erros estratégicos da empresa foram atribuídos ao ex-CEO e maior acionista individual, Stefano Pessina, cujo mandato resultou na redução do valor de mercado da Walgreens em cerca de 50%, para menos de US$ 50 bilhões até sua saída em 2021.
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