Alguns acreditavam que a demanda por apartamentos tipo studios seria apenas uma fase passageira, mas a realidade mostra um crescimento contínuo e expressivo nesse mercado. De acordo com dados do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação ou Administração de Imóveis Residenciais ou Comerciais (Secovi), entre 2016 e julho de 2024, houve um aumento de 327%. Apesar desse crescimento, muitos investidores e interessados ainda se questionam: vale a pena investir?
Identificados por imóveis com menos de 40 m² e sem paredes internas, as grandes metrópoles como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte têm observado um crescimento expressivo de empreendimentos dedicados a esse modelo de habitação. Os studios têm atraído tanto inquilinos quanto investidores em busca de oportunidades rentáveis.
Como é o perfil dos moradores?
O perfil dos moradores de studios é composto principalmente por jovens entre 20 e 39 anos, que geralmente vivem sozinhos. Esses indivíduos buscam independência e preferem apartamentos mobiliados, além de valorizar uma localização estratégica. Observando essa tendência, as construtoras têm intensificado seus investimentos nesse segmento, que muitas vezes é projetado para áreas de apenas 19 m².
A proposta dos studios vai além de um simples espaço habitacional, uma vez que eles oferecem uma série de serviços adicionais que podem incluir limpeza, lavanderia, mini mercado, academia e estacionamento. Em alguns casos, os moradores podem usufruir de serviços extras, como massagista, manicure, buffet e personal trainer, mediante taxas adicionais ao condomínio.
Assim, fica evidente que os studios atendem a uma demanda crescente por moradia prática e funcional. Além disso, o interesse por esses apartamentos tem crescido entre investidores, que veem neles uma oportunidade valiosa no mercado imobiliário.
Motivos para a alta dos studios
A crescente demanda por empreendimentos menores pode ser atribuída a diversas vantagens, como a facilidade de manutenção, custos mais baixos, maior liquidez e tarifas reduzidas de condomínio e Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU).
Espaços menores requerem menos limpeza e manutenção, o que não apenas diminui os gastos com o imóvel, mas também torna as tarefas diárias mais rápidas e eficientes. Além disso, reformas em ambientes menores tendem a ser mais econômicas.
A busca por habitação em locais com custo de vida reduzido também leva muitas pessoas a escolherem imóveis menores.
Para investidores, adquirir esses imóveis pode ser uma estratégia vantajosa. Os aluguéis mais acessíveis costumam facilitar a locação, tornando essa opção atraente para quem busca rentabilidade.
Apesar disso, os studios podem não ser a melhor opção para quem deseja obter lucros no mercado imobiliário. Com a ajuda da Calculadora de Imóveis da EQI Research, é possível identificar outras estratégias que podem proporcionar retornos até 48% superiores para investidores no setor.
Conheça o investimento que pode proporcionar renda de aluguel isenta de IR
O crescente interesse dos investidores por studios está, em grande parte, relacionado ao menor investimento inicial necessário. Com um capital de R$ 200 mil, por exemplo, já é possível encontrar boas opções de imóveis.
Um levantamento do QuintoAndar revela que o preço do m² para alugar um studio em São Paulo é de R$ 78, enquanto apartamentos de 2 a 3 quartos apresentam valores entre R$ 54,70 e R$ 56,05. Essa diferença ajuda a explicar a valorização contínua do mercado de studios.
Embora muitos vejam o aluguel como a principal forma de gerar renda passiva, existem outras estratégias que podem ser igualmente atraentes. Uma alternativa interessante são os Fundos Imobiliários (FIIs), que permitem a participação em empreendimentos imobiliários sem a necessidade de comprar propriedades diretamente.
Esses fundos funcionam como um condomínio, com uma equipe de gestão profissional que cuida do investimento, buscando resultados para os cotistas. Os investidores adquirem cotas, e o capital arrecadado é utilizado para a compra e desenvolvimento de ativos imobiliários.
Investir em FIIs é uma forma acessível e simplificada de entrar no mercado imobiliário, uma vez que o investimento inicial pode ser bem menor — a partir de R$ 1.000 já é possível montar uma carteira. No entanto, a compra de imóveis físicos continua sendo uma opção popular entre os brasileiros. Muitas vezes, as pessoas não avaliam corretamente o potencial de retorno desse tipo de investimento e acabam perdendo oportunidades mais vantajosas.
Para ajudar nessa análise, os analistas da EQI Research desenvolveram uma calculadora que compara o retorno de investimentos em imóveis físicos e em Fundos Imobiliários. Essa ferramenta permite uma avaliação mais precisa das melhores opções disponíveis no setor.
Confira a seguir uma simulação:
De acordo com informações de sites especializados no setor imobiliário, há um anúncio para a venda de um estúdio de 28 m² localizado no bairro Vila Mariana, em São Paulo, com o preço de R$ 500 mil.

Considerando a média de mercado da região, o imóvel geraria um aluguel de R$ 3.000,00. Após o desconto do Imposto de Renda, a renda mensal líquida ficaria em R$ 2.550,00, resultando em uma renda líquida anual de R$ 30.600,00.
Ao utilizar a calculadora de imóveis x FII da EQI Research para comparar as estratégias de investimento, é possível observar que o potencial de retorno das carteiras de fundos imobiliários supera o do estúdio em todas as três situações analisadas.

Em uma carteira conservadora de fundos imobiliários, a renda anual poderia alcançar R$ 36.000,00, livre de impostos. Para uma abordagem moderada, essa renda aumentaria para R$ 48.000,00, enquanto uma carteira mais arrojada poderia gerar até R$ 54.000,00.
Isso significa que, em qualquer uma dessas alternativas, você teria um retorno superior ao que obteria com o aluguel de um imóvel físico. Contudo, o principal temor dos investidores ao considerar a compra de imóveis na Bolsa é a volatilidade dos preços.
De fato, as cotas de FIIs são suscetíveis a flutuações, e os resultados passados não garantem retornos futuros. No entanto, se um investidor perceber que um fundo imobiliário não está entregando o retorno esperado, ele pode vender suas cotas em questão de minutos através de uma ordem de venda. Por outro lado, a negociação de um imóvel físico pode levar meses.
Além disso, ao adquirir cotas de um FII, você tem a possibilidade de monitorar o desempenho do ativo diariamente e, em muitos casos, se preparar para receber dividendos no próximo mês.
Outro aspecto favorável é que os imóveis que integram a carteira de um fundo imobiliário são administrados por profissionais altamente qualificados, que trabalham para minimizar impactos como inadimplência e depreciação.
É importante lembrar também que os investidores podem optar por FIIs conservadores, moderados ou arrojados, sendo que os retornos de cada categoria geralmente estão alinhados ao nível de risco que se assume.
Entretanto, ao diversificar entre esses três perfis, é possível reduzir o risco da carteira enquanto se busca um potencial de retorno que, em várias situações, pode ser superior ao investimento em estúdios.
Você também pode comparar a rentabilidade entre imóveis físicos e fundos imobiliários, pois a EQI Research disponibilizou uma calculadora 100% gratuita para isso.
Para baixar a calculadora e avaliar o potencial de rentabilidade de diferentes tipos de imóveis em comparação aos FIIs, basta clicar no botão abaixo e seguir todos os passos.
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