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Fundos Cambiais: saiba como investir em ativos atrelados a moedas estrangeiras

Fundos Cambiais: saiba como investir em ativos atrelados a moedas estrangeiras

Os fundos cambiais são uma das modalidades de fundos de investimentos disponíveis no mercado financeiro.

Esses fundos têm como característica central investir em ativos atrelados a moedas estrangeiras, como o dólar e o euro.

Eles costumam ser mais indicados como hedge para proteger o patrimônio do investidor contra as flutuações do mercado. 

Sendo assim, eles costumam ser usados por quem pretende fazer uma viagem, curso no exterior ou pagar alguma obrigação em moeda estrangeira, por exemplo.

No entanto, o investidor pode aproveitar as oscilações características desse mercado para surfar a onda e rentabilizar sua carteira.

Contudo, é preciso ter atenção aos riscos envolvidos! Fundos cambiais costumam ser mais indicados para investidores com perfil de moderado a arrojado.

Fundos cambiais: como funcionam? 

Assim como em qualquer fundo de investimento, o fundo cambial conta com um gestor para escolher e acompanhar os ativos que irão compor a carteira.

Vale destacar que o gestor não aplica diretamente nas moedas estrangeiras. Ou seja, a composição dessa carteira pode ocorrer em títulos referenciados como os contratos futuros.

Além disso, os fundos cambiais funcionam como fundos abertos, de modo que permitem que aportes e resgates sejam realizados a qualquer momento.

Em função disso, o procedimento para entrar e sair desses fundos costuma ser simples, mas, ainda assim, suas regras devem ser consideradas.

Como é a tributação 

No que diz respeito à tributação, os fundos cambiais seguem a tabela regressiva do Imposto de Renda (IR). 

Nesse sentido, a alíquota varia conforme o prazo de duração do investimento, indo de 22,5% para prazo de até 180 dias até 15% para mais de 720 dias.

– de 0 a 180 dias, 22,5% de IR sobre os rendimentos;

– de 181 a 360 dias, 20,0% de IR sobre os rendimentos;

– de 361 a 720 dias, 17,5% de IR sobre os rendimentos;

– Acima de 720 dias, 15,0% de IR sobre os rendimentos.

O cotista de um fundo cambial deve ficar alerta também para a taxa referente ao come-cotas — uma antecipação semestral do IR.

Neste caso, é cobrado um percentual de até 20% de Imposto de Renda sobre os rendimentos a cada seis meses, descontando diretamente em suas cotas.

Caso seja realizado um resgate antes do prazo, de 30 dias da aplicação, incidirá apenas sobre os rendimentos uma alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), iniciando em 96% no 1º dia de aplicação e chegando a 0% no 30º dia.

Além disso, os fundos cambiais aplicam a cobrança de uma taxa de administração que costuma variar entre 1% e 3% e é calculada sobre o patrimônio administrado. O objetivo da referida taxa é remunerar o gestor do fundo pelos serviços prestados.

Onde o fundo cambial pode investir? 

Os fundos cambiais têm por obrigação legal investir no mínimo 80% dos recursos em ativos relacionados a moedas estrangeiras, como o dólar ou o euro.

O restante da carteira pode ser destinado a qualquer outro investimento, mas, normalmente, ele é aplicado em opções mais conservadoras, como títulos de renda fixa prefixada ou indexada à Selic.

Um fator importante que você precisa levar em consideração: embora esses fundos tenham a rentabilidade atrelada à variação de uma moeda estrangeira, os aportes e resgates são sempre feitos em reais.

Quais são os riscos envolvidos? 

Em primeiro lugar, o investidor precisa ter em mente que os fundos cambiais costumam ser mais arriscados que os demais fundos.

Isso acontece porque eles estão sujeitos ao risco de flutuação da moeda estrangeira em relação ao real.

Diante desse contexto, um fundo cambial de dólar fica exposto à volatilidade da moeda norte-americana, enquanto um fundo de euro se expõe à volatilidade da moeda europeia.

Apesar dele proporcionar bons ganhos em momentos de crises financeiras, o câmbio é um dos indicadores econômicos que o mercado tem mais dificuldade de prever.

Dessa forma, investir em fundos cambiais com o intuito exclusivo de lucrar com a valorização da moeda costuma ser uma operação que envolve muito risco.

Por conta disso, essa estratégia costuma ser mais bem tolerada por investidores com perfil moderado e arrojado. Por outro lado, quando o foco é proteger a carteira das variações decorrentes do câmbio, o risco tende a ser menor, já que o objetivo está voltado para um horizonte de tempo maior.

Entenda mais sobre os fundos de investimentos

O que é um Fundo de investimento?

Fundo de investimento é uma modalidade de investimento coletivo. Assim, quando você investe, está comprando cotas do mesmo. E ao fazer isso, os cotistas têm o mesmo interesse e objetivos ao investir.

Fazendo uma analogia, é como se o investidor tivesse comprado um apartamento dentro de um condomínio. Este apartamento pode se valorizar e posteriormente você pode vendê-lo com lucro.

O capital investido por cada investidor (cotista) é somado aos recursos do outro investidor para, em conjunto, ser investido no mercado. Assim, tem todos os benefícios dos ganhos de escala, da diversificação de risco e da liquidez das aplicações.

No momento em que você investe em um fundo, você está delegando a gestão e administração dos seus recursos a uma equipe de profissionais qualificados, que alocarão estes valores dentro das regras definidas pelo regulamento do fundo.

Além dos cambiais, conheça também os outros tipos de fundos de investimento.

Quais são os tipos de fundos de investimento?

Os tipos de fundos são classificados, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais), em quatro grandes categorias. 

Essa divisão também é feita pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). 

Confira abaixo as categorias e as subcategorias.

Renda fixa

  • Simples: 95% do patrimônio é alocado em títulos de dívida pública federal ou títulos considerados mais confiáveis. Entre eles, os Fundos DI, que são considerados mais conservadores.
  • Indexados: os fundos seguem variação de um benchmark, como IMA-B, CDI, entre outros.
  • Ativos: nesta categoria, os gestores não ficam dependentes do benchmark e realizam mais movimentação na carteira. 

Eles podem ser de baixa, média ou alta duração e também não há limite mínimo ou máximo de compromisso.

  • Com investimento exterior: mais de 40% dos recursos devem ser aplicados em ativos fora do Brasil.

Ações

  • Indexados: fundos que replicam as variações de indicadores do mercado de renda variável. O restante dos recursos é alocado em fundos de renda fixa e baixa duração;
  • Ativos: tem como foco superar o índice de referência. Porém, também pode não fazer referências a um índice específico;
    Assim como os indexados, os recursos remanescentes são colocados em renda fixa e baixa duração.
    Os 3º nível desses fundos são: valor ou crescimento, setoriais, dividendos, small caps, sustentabilidade ou governança, índice ativo ou livre;
  • Específicos: têm características ou adotam estratégias próprias. Seus subtipos de nível 3 são: fechados, FMP-FGTS e mono-ação;
  • Investimentos no exterior: 40% ou mais do patrimônio é investido em ativos financeiros no exterior.

Multimercado

  • Alocação: Fundos Multimercados que buscam retornos no longo prazo por investimento em ativos diversos, como ações, câmbio e renda fixa.
  • Estratégias: fundos que realizam operações de venda e compra com maior frequência. 

Esse tipo admite alavancagem e as subcategorias de nível 3 são: macro, trading, long and short direcional, long and short neutro, juros e moedas, livre e capital protegido.

  • Investimento no exterior: 40% ou mais do patrimônio é investido em ativos do exterior, mas também permite alavancagem.

Entenda mais sobre a tributação dos fundos.

Como funcionam as cotas dos fundos de investimentos?

Por se tratarem de um CNPJ (sociedade de várias pessoas), os fundos têm que ser divididos em frações (ou pedaços mínimos). Isso é necessário para poder ser apurado qual é o “pedaço” de cada participante e seu preço. 

Dessa forma, um novo cotista pode pagar pela aquisição de um novo pedaço (cota) deste fundo e participar desta sociedade.

Vamos supor que você tenha R$ 1.000 e que o valor da cota do fundo que investirá é de R$ 10.

Nessas condições você se tornaria detentor de 100 cotas. Bastaria dividirmos o valor a ser aplicado pelo valor da cota: 1.000/10 = 100 cotas.

Essas cotas têm seus valores atualizados diariamente.

O que é come-cotas?

Este é o nome dado a uma cobrança calculada sobre os seus rendimentos, ou seja, é uma taxa que recai direto em seus fundos de investimentos de modo direto sobre as aplicações feitas nele. De modo geral, é uma antecipação do imposto de renda que acontece a cada seis meses.

A quantia é recolhida duas vezes no ano e sempre é no último dia do mês de maio e de novembro. Dessa forma, recebeu esse nome devido a sua forma de atuação que deduz todo semestre da cota dos fundos.

Qual o valor do imposto

O valor é descontado conforme a alíquota do imposto de renda e varia entre 15% e 20%. Assim, eles equivalem aos menores percentuais sobre os investimentos feitos para longo ou curto prazo. Portanto, é um item presente para quase todos que aplicam em carteiras.

Come-cotas atinge todos os fundos?

A cota não é válida para todos os investimentos, são apenas alguns que estão sujeitos a els. Então, para que você saiba quais são, os fundos estão listados a seguir:

  • Cambiais;
  • DI;
  • Renda Fixa;
  • Multimercado.

Os tipos mais comuns que não possuem a taxa são os de ações e de previdência. Isso porque o imposto de renda é cobrado apenas quando o investidor faz o resgate.

Como funciona o come-cotas?

O come-cotas é bem simples de entender, já que não depende das interferências do investidor. Então, ele atua na prática, como uma cobrança automática sobre os rendimentos que ocorre a cada seis meses.

É considerada uma cobrança antecipada porque ocorre duas vezes por ano e não apenas na alíquota final. Dessa forma, a incidência do imposto de renda segue uma tabela regressiva para a maioria dos fundos onde há variação dos valores com relação ao tempo.

  • Fundo de curto prazo: varia entre 20 e 22,5%;
  • Fundo de longo prazo: varia de 15% a 22,5%.

Todo final de semestre então há uma redução do número de cotas do investidor. Assim, ela diminui de forma equivalente ao percentual do IR sobre os rendimentos da aplicação. Assim, toda vez que se cobra o imposto a quantia cai.

Como identificar?

É importante que o investidor preste atenção no seu extrato a cada seis meses, já que nele vai constar um resgate das cotas. Ainda é importante saber que a taxa incide apenas sobre o rendimento do período.

Quando for aplicar em um fundo de investimento, é necessário prestar atenção neste item. Isso porque ele deve influenciar muito a sua decisão final sobre onde colocar ou não seu dinheiro.

Desvantagens dos investimentos

Antes de começar a sua carteira leve em conta os custos que ela vai apresentar com tributos e taxas administrativas. Dessa forma, considere também as variações apresentadas em função do come-cotas.

A grande desvantagem do imposto é a retirada dos rendimentos valorizados ao longo do semestre. Portanto, os casos em que só há impostos no momento do saque têm valorização de cotas maiores e por mais tempo.

Pense bem antes de investir

Todo dinheiro retirado de uma aplicação antes do prazo de resgate deixa de somar benefícios. Assim, não rende nenhum juros compostos. Então, mesmo que o valor pareça não fazer diferença, a longo prazo será significativo.

Custos e taxas nos fundos de investimento

Antes de investir, é preciso saber também que para cada fundo existe uma taxa de administração. Além disso, alguns possuem uma taxa de performance. 

Entenda agora em mais detalhes:

Taxa de administração

É a taxa cobrada pela gestão/administração do fundo como um todo. Em resumo, remunera os profissionais e empresas envolvidas no fundo: gestor, administrador, custodiante, distribuidor e auditor.

Trata-se de um valor que costuma flutuar entre 0,25% e 3% do patrimônio líquido do fundo. Em geral, depende de suas estratégias de destinação dos recursos ou ainda de quanto o banco cobra de seus clientes.

Benchmark

De maneira geral, os fundos de renda fixa tem como meta (ou “benchmark”) o CDI. Já os fundos multimercado e os fundos de ações costumam ter como meta de desempenho o Índice Bovespa.

A taxa de performance flutua entre 15% e 20% do que os fundos superarem do benchmark, sendo 20% o mais comum.

Taxa de performance

A taxa de performance dos fundos de investimentos é cobrada quando ele supera o benchmark, ou seja, quando ele supera a sua meta. Isso ocorre na maioria dos fundos de renda variável.

Taxas de entrada e saída

A taxa de entrada é mais comum para fundos de previdência e é conhecida como taxa de carregamento. Serve para incentivar o cliente a ficar um tempo maior dentro do fundo. 

Quanto maior for o tempo que o cliente permanecer investindo, mais ela pode diminuir. A taxa de carregamento pode ser de até 5%.

Já a taxa de saída funciona da mesma forma, porém é cobrada na saída. Além disso, também pode diminuir conforme o tempo passar, podendo chegar a zero.

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