O mundo das grandes fortunas está cada vez mais jovem. Segundo o ranking atualizado em tempo real pela revista Forbes, os jovens mais ricos do mundo impressionam não apenas pelo tamanho de seus patrimônios, mas também pela influência que carregam em setores estratégicos da economia — da indústria farmacêutica e moda de luxo à tecnologia de games e aviação.
Grande parte dessa riqueza é resultado de heranças familiares, acumuladas ao longo de décadas ou até séculos de negócios bem-sucedidos. Mas o fato de herdarem não significa que esses jovens tenham vida completamente descomplicada: gerir ou manter um patrimônio bilionário exige conhecimento, estratégia e, em muitos casos, uma rede de conselheiros e executivos experientes para apoiar decisões.
Curiosamente, a maioria deles não está envolvida diretamente nas operações das empresas que garantem suas fortunas. Alguns optam por manter um perfil discreto, longe da mídia, enquanto outros investem parte do tempo em hobbies e interesses pessoais. A Alemanha lidera o ranking com cinco representantes, seguida por Itália, Coreia do Sul e França, mostrando como certos mercados familiares conseguem preservar fortunas por várias gerações.
10 jovens mais ricos do mundo
Confira a lista completa com nome e patrimônio desses jovens.
1. Johannes von Baumbach – Alemanha
Aos 20 anos, Johannes é atualmente o bilionário mais jovem do planeta, com US$ 5,7 bilhões (R$ 31,2 bilhões) em patrimônio. Ele é herdeiro da Boehringer Ingelheim, uma das maiores farmacêuticas privadas do mundo, fundada em 1885 e com presença em mais de 150 países. A companhia começou fornecendo insumos para indústrias têxteis e alimentícias, mas cresceu e se tornou referência global em medicamentos para saúde humana e veterinária.
Além de sua vida como herdeiro, Johannes é um entusiasta do esqui e compete profissionalmente na Áustria desde a infância. Embora não tenha papel ativo na administração da empresa, sua fortuna o coloca no centro de discussões sobre sucessão familiar e gestão de patrimônios multibilionários.
2. Clemente Del Vecchio – Itália
Com apenas 21 anos, Clemente acumula US$ 6,8 bilhões (R$ 37,2 bilhões). Ele herdou 12,5% da Delfin, holding controladora da EssilorLuxottica — líder mundial no mercado de óculos e proprietária de marcas como Ray-Ban, Oakley, Persol e Arnette. A empresa também fabrica acessórios para grifes do mercado de luxo como Chanel, Prada e Giorgio Armani, além de estar presente no varejo global com milhares de pontos de venda.
Filho do fundador Leonardo Del Vecchio, que faleceu em 2022, Clemente não participa da gestão, mas seu nome já é conhecido nos círculos empresariais italianos. Sua herança inclui ainda participações relevantes no banco UniCredit e na seguradora Generali, diversificando ainda mais sua posição como um dos jovens mais ricos do mundo.
3. Kim Jung-youn – Coreia do Sul
Kim Jung-youn, 21 anos, herdou cerca de 9% da Nexon, uma das maiores desenvolvedoras de jogos online do planeta, com títulos jogados em mais de 190 países. Entre seus maiores sucessos estão MapleStory, KartRider e Dungeon & Fighter, que figuram entre os games mais rentáveis da história.
Discreta e sem presença ativa nas redes sociais, Kim representa uma nova geração de herdeiros asiáticos que preferem manter o anonimato. Sua fortuna de US$ 1,6 bilhão (R$ 8,7 bilhões) vem do legado deixado pelo pai, Kim Jung-ju, fundador da Nexon e pioneiro no modelo de jogos gratuitos com compras internas.
4. Kevin David Lehmann – Alemanha
Com US$ 4,2 bilhões (R$ 23 bilhões) aos 22 anos, Kevin é herdeiro de 50% da rede de drogarias dm-drogerie markt, a maior da Alemanha. A empresa foi fundada em 1973 e hoje conta com mais de 4.100 lojas espalhadas pela Europa, oferecendo desde produtos de higiene pessoal até itens de alimentação.
Kevin recebeu sua participação quando tinha apenas 14 anos, mas, assim como o pai, não atua na gestão da empresa. Ainda assim, seu nome é um exemplo de como o setor varejista pode gerar fortunas bilionárias sem depender diretamente da figura de um fundador no dia a dia.
5. Luca Del Vecchio – Itália
Irmão de Clemente, Luca, 23 anos, também possui 12,5% da Delfin, com fortuna estimada em US$ 6,8 bilhões. Assim como o caçula, não exerce cargo executivo nas empresas do grupo, mas herdou um portfólio que inclui, além da EssilorLuxottica, participações no banco UniCredit e na Generali.
Sua posição no mercado de luxo o coloca entre os herdeiros mais influentes da moda e acessórios premium. Embora não seja figura pública, especialistas acreditam que Luca e o irmão têm potencial para, no futuro, assumir papéis mais estratégicos no conglomerado.
6. Kim Jung-min – Coreia do Sul
Aos 23 anos, Kim Jung-min é a irmã mais velha de Jung-youn e também detém cerca de 9% da Nexon. Com fortuna de US$ 1,6 bilhão, herdada após a morte do pai, ela faz parte de um império que ajudou a transformar a Coreia do Sul em um dos polos mais fortes da indústria global de games.
Além dos MMORPGs, a Nexon investe em novas tecnologias e tendências de jogos, o que garante à herança das irmãs uma valorização constante. Kim, no entanto, mantém-se afastada das decisões corporativas.
7. Franz von Baumbach – Alemanha
Franz, 24 anos, é outro membro da família von Baumbach no ranking, com os mesmos US$ 5,7 bilhões de seus irmãos. Ele também herdou participação na Boehringer Ingelheim, que segue como uma das farmacêuticas mais lucrativas e inovadoras do mundo.
A presença de três irmãos von Baumbach na lista reforça a força da empresa no cenário internacional e a capacidade de multiplicar patrimônio familiar ao longo das gerações.
8. Remi Dassault – França
Com 24 anos e US$ 2,4 bilhões, Remi é herdeiro de dois impérios: a Dassault Aviation, fabricante de jatos militares e executivos, e a Dassault Systèmes, empresa de software 3D. Seu bisavô fundou a base do conglomerado após criar um propulsor para a Força Aérea Francesa na Primeira Guerra.
Remi recebeu sua participação após a morte do pai em 2021 e, apesar da idade, carrega um sobrenome associado a inovação e influência política na França.
9. Maxim Tebar – Alemanha
Maxim, 24 anos, possui US$ 1,2 bilhão graças à participação na Stihl, fabricante de motosserras e ferramentas motorizadas presente em mais de 160 países. Fundada em 1926, a empresa é sinônimo de qualidade no setor e segue controlada pela família.
Apesar de não estar no dia a dia do negócio, Maxim é exemplo de como heranças industriais ainda sustentam fortunas bilionárias mesmo fora dos setores de tecnologia ou luxo.
10. Katharina von Baumbach – Alemanha
Única mulher da família na lista, Katharina, 25 anos, também detém US$ 5,7 bilhões da Boehringer Ingelheim e aparece na lista dos jovens mais ricos do mundo. Assim como os irmãos, não exerce função executiva, mas está ligada a uma das histórias empresariais mais sólidas da Alemanha.
O trio von Baumbach mostra que a farmacêutica não é apenas um negócio de família, mas um caso exemplar de como empresas privadas podem manter relevância global por mais de um século.
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