A EQI Research divulgou a carteira de dividendos para o mês de junho, que conta com 10 ativos, sendo o maior peso para Petrobras ($PETR4), com 20% da carteira; Banco do Brasil ($BBAS3), CPFL ($CPFE3) e BB Seguridade ($BBSE3) têm 15%. Itaú ($ITUB4), responde por 10%. No restante, cada empresa responde por 5%. A alteração do mês foi a saída de Auren ($AURE3) e a entrada da Vale ($VALE3).
De acordo com o relatório, a saída de Auren explica-se pelo fato de que houve uma mudança concreta na tese de investimentos na companhia que prejudica sua capacidade de distribuir dividendos no curto prazo.
Em 15 de maio a empresa anunciou a aquisição da AES Brasil e, com a transação, empresa passará a ter uma alavancagem de 4,9X (dívida líquida/EBITDA), o que implica em prioridade para redução do endividamento (para níveis próximos a 3,0x/3,5x), antes que a empresa possa voltar a distribuir dividendos relevantes.

Sobre a entrada da Vale, a EQI Research explicou que após muito tempo bastante receosos com os efeitos da desaceleração do crescimento econômico chinês a empresa retorna à carteira de dividendos, com um peso de 5,0%.
Segundo o relatório, a cautela com o papel provou-se correta, pois a cotação atual em torno dos R$ 60 é a mínima dos últimos três anos e meio. “Continuamos cautelosos; todavia, precisamos admitir que a ação já sofreu bastante, e de modo desproporcional à variação do preço do minério, dos seus resultados operacionais e, consequentemente, da capacidade da empresa de remunerar seus acionistas”, completa.
Carteira de dividendos: mudança na Petrobras (PETR4) impacta
O relatório indicou que, desde o dia 10 de maio a carteira cedeu 3,2%, sendo que o índice de dividendos (IDIV) caiu 3,6%, no mesmo período. “Nossa exposição relevante a Petrobras (PETR4) causou a maior parte da queda, uma vez o papel cedeu 9,8%”, diz.

O documento informa ainda que houve contínua queda nos preços do petróleo e também o episódio de troca de comando na estatal, com a ascensão de Magda Chambriard à presidência da companhia..
A casa de análise diz que, como tem sustentado, mudanças repetidas de comando não são indicadas para empresa alguma, porém continua a acreditar que nada muda no curto prazo na capacidade da Petrobras de entregar geração de caixa robusta e continuar a remunerar seus acionistas de modo bastante satisfatório.
“Aos preços atuais, estimamos que o retorno com dividendos em PETR4 deve beirar os 20,0% nos próximos doze meses, difícil de ignorar. Assim, segue com destaque em nossa carteira e, salvo desastres novos na cotação do petróleo, vemos o nível atual de preços da ação como piso”, diz outro trecho do documento.
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