A Tupy (TUPY3) reverteu o lucro no primeiro trimestre em prejuízo de R$ 82,821 milhões no segundo trimestre de 2020, decorrente do resultado operacional.
A receita foi de R$ 644,872 milhões, redução de 54,1% em relação ao 2TRI19.
Segundo a empresa, a receita foi impactada pela paralisação dos clientes para contenção dos efeitos da pandemia de Covid-19.
A paralisação se deu, principalmente, nos meses de abril e maio, com queda de 64% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A receita acumulada no primeiro semestre foi de R$ 1,737 bilhão, redução de 35,3% em comparação com o mesmo período de 2019.
“Ao longo do trimestre, intensificamos nossos esforços para mitigar o efeito da queda dos volumes no nosso resultado e, principalmente, em nosso caixa”, explica a Tupy
“Desta forma, ao mesmo tempo que nos beneficiamos de projetos de ganhos de eficiência implementados nos últimos trimestres, intensificamos diversas iniciativas de redução de custos e despesas, que terão impactos positivos também nos próximos meses”, espera.
Além disso, fez alterações no processo produtivo, adotando dispositivos legais que permitiram a flexibilização da jornada de trabalho no Brasil. “O que, infelizmente, não ocorreu no México”, lamenta.
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EBTIDA fica negativo em R$ 22,430 milhões
O resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBTIDA, na sigla em inglês) ficou negativo em R$ 22,430 milhões.
No 2TRI19, o valor ficou em R$ 175,639 milhões.
O resultado no 1S20 foi de R$ 93,501 milhões, 68,9% abaixo do 1S19, que foi em R$ 301,017 milhões.
A margem EBTIDA ficou em menos 3,5%, contra mais 12,5% apurado no segundo trimestre de 2019.
Ou seja, uma queda de 16 pontos percentuais.
O EBTIDA ajustado ficou em R$ 2,304 milhões negativos, o que representa 0,4% da receita informada.
No mesmo trimestre do ano anterior, o EBTIDA ajustado ficou em R$ 204,397 milhões, ou 14,6%.
Portanto, uma queda de 15 pontos percentuais.
Divulgação: Tupy
Pontos positivos
“Se por um lado o resultado do trimestre como um todo foi bastante afetado pela paralisação”, diz a empresa, “ao longo do mês de junho, observamos o retorno gradual de nossos clientes – tanto no Brasil quanto no exterior – com um volume de vendas 74% maior em relação à média dos meses de abril e maio, impulsionado, principalmente, por aplicações utilizadas em veículos comerciais”.
Além disso, “todos os contratos foram mantidos e que nenhum dos projetos de codesenvolvimento que estão em curso foi cancelado”, ressalta.
Para a Tupy, o segundo semestre foi o ponto “mais acentuado” da crise.
Apesar da redução da receita, a receita por quilograma aumentou 16,9% na comparação com o 2T19, decorrente, principalmente, da variação cambial.
A Tupy ainda sublinha o fato de que no 2T20, 66,4% das receitas tiveram origem na América do Norte.
“Por sua vez, as Américas do Sul e Central representaram 13,9% e a Europa, 12,6%. Os demais 7,1% provieram da Ásia, África e Oceania”, enumera.
Divulgação: Tupy
Impactos
De acordo com a Tupy, alguns fatores impactaram o resultado:
- Redução de 71,0% das vendas no segmento de Transporte, Infraestrutura & Agricultura no mercado interno, decorrente dos efeitos da pandemia, incluindo a queda das exportações indiretas, bem como o phase out de produtos;
- Queda de 58,6% das vendas no mercado externo nos segmentos de Transporte, Infraestrutura & Agricultura, refletindo a paralisação dos clientes, impactando principalmente as aplicações para veículos leves e comerciais leves;
- No segmento de Hidráulica, reduções de 47,4% e 66,0%, nos mercados interno e externo, decorrentes do arrefecimento da economia no Brasil e no exterior.
As ações da Tupy fecharam a quarta-feira pré-balanço com menos 1,07%, valendo R$ 17,59.
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