Atualmente quase 4 milhões de brasileiros que cursaram faculdade não encontram uma profissão que exija a conclusão do Ensino Superior, isso significa que essas pessoas estão em vagas de menor qualificação, ou desempregadas, e o país não tem dado conta de absorver todos trabalhadores que se graduaram em postos de trabalho adequados. As informações são do G1.
De acordo com uma pesquisa realizada pela consultoria iDados, com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, o país tem 18,3 milhões de pessoas que terminaram a faculdade para 14,5 milhões de ocupações com exigência de curso de Ensino Superior, e a taxa de desemprego é de 6% entre a população com ensino superior completo.
O número de trabalhadores com faculdade começou a superar a quantidade de vagas disponíveis no primeiro trimestre de 2014, quando a crise econômica iniciou no Brasil. Nos últimos anos, com o período recessivo e a lenta retomada, esse descasamento só aumentou.
“Muita gente está tendo de trabalhar fora da sua área de formação, está acontecendo um desencontro”, diz Guilherme Hirata, pesquisador do iDados. “É um problema que tende a se agravar se a morosidade na economia continuar.”
Há uma diferença nos salários também. Quem tem faculdade ganha em média R$ 5 mil. A média de quem cursou ensino médio é de R$ 2 mil. “Esse diferencial salarial ainda é muito alto, o que mostra como a faculdade é importante”, afirma o professor titular da Cátedra Ruth Cardoso no Insper, Naercio Menezes.
Hoje, o país tem 12,4 milhões de desempregados, de acordo com a última divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com a crise do mercado de trabalho e sem espaço no setor privado, muitos brasileiros partiram para o trabalho por conta própria e para a informalidade.
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