A Pacaembu Construtora anunciou nesta quinta-feira (29) que desistiu de sua oferta pública de distribuição primária de ações (IPO, na sigla em inglês).
A precificação das ações estava prevista para ocorrer hoje, mas a companhia desistiu devido às condições de mercado.
A faixa indicativa de preço da oferta da Pacaembu era de R$ 8,10 a R$ 10,10.
Considerando o meio da faixa, de R$ 9,10, a companhia movimentaria R$ 597,848 milhões na oferta base.
Cabe frisar que a construtora já havia alterado o cronograma anteriormente.
IPO
O capital social da Pacaembu é de R$ 190.277.753,34, totalmente subscrito e integralizado, representado por 128.894.845 ações ordinárias.
Os acionistas vendedores na oferta secundária são Wilson de Almeida Junior, que atualmente detém 36% da empresa, e Eduardo Robson Raineri de Almeida, (40,5%).
O banco coordenador líder é o Credit Suisse, que também atua como agente estabilizador.
As demais instituições financeiras participantes são a XP Investimentos e a Caixa Econômica Federal.
Destinação dos recursos
A Pacaembu pretendia utilizar a totalidade dos recursos a serem captados para reforçar seu capital de giro, desenvolvendo os empreendimentos de seu landbank.
Acreditava-se que o uso dos recursos captados na oferta primária resultaria em fortalecimento da sua estrutural de capital.
Dados operacionais e financeiros da Pacaembu
Entre 2017 e 2019, a empresa distribuiu aos acionistas R$ 206,2 milhões em dividendos, com um ROAE (Return on Average Equity – Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio) de 51,2%.
Além disso, encerrou o ano de 2019 com caixa líquido de R$184,2 milhões.
Em 2019, o lucro líquido foi de R$ 111,579 milhões, com avanço de 1% sobre 2018.
O Ebitda, por sua vez, totalizou R$ 123,475 milhões, com queda de 8,3%. A margem Ebitda ficou em 21,8%, com alta de 4,7 pontos porcentuais.
Em 2019, foram feitos 14 lançamentos, contra 7 em 2018.
O Valor Geral de Vendas (“VGV”) em 2019 somou R$ 734,8 milhões, com alta de 8,6%.
As vendas contratadas somaram R$ 540 milhões, com queda de 17,8%.
A VSO (venda sobre oferta) foi de 65,6%, ante 87,3% em 2018.