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Open banking permitirá maior competitividade entre bancos, diz BC

Open banking permitirá maior competitividade entre bancos, diz BC

O open banking começou a ser implementado nesta segunda-feira (1) com o compartilhamento de dados das instituições financeiras ao público. Características e preços de produtos e serviços bancários de varejo relacionados a contas, cartão de crédito e operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas são exemplos do que open banking oferece. 

Conforme o Banco Central (BC), o sistema possibilitará o surgimento de ferramentas de comparação de produtos e serviços. Isso aumenta a competitividade entre os bancos e a melhorando a oferta aos clientes.

A Fase 1 do open banking, iniciada hoje, tem como alvo as outras instituições financeiras ou de pagamento. Além disso, também busca por desenvolvedores, potenciais fintechs e acadêmicos, visando à criação de plataformas e novos modelos de negócios. Os dados estão disponíveis nos sites de cada banco.

De acordo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o open banking é uma das iniciativas de uma agenda mais ampla da instituição, que visa criar o “sistema financeiro do futuro”. Até agora, a agenda inclui ainda o sistema de pagamentos instantâneo (Pix) e a modernização da legislação cambial.

“Um importante objetivo da atuação do Banco Central é tornar o sistema financeiro nacional mais eficiente, moderno e promover a democratização dos serviços financeiros através da tecnologia”, disse Campos Neto, durante evento virtual de lançamento.

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O que é open banking?

O open banking é a padronização do processo de compartilhamento de dados e serviços financeiros pelas instituições. Para funcionar, as instituições precisam ser autorizadas pelo BC. É preciso ter abertura e integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia. Por meio do sistema, os clientes têm poder sobre as informações levantadas pelos bancos. Dessa forma, clientes vão poder autorizar o compartilhamento a outras instituições.

“É importante ter em mente que a disponibilização de dados por parte dos consumidores gera um valor para as instituições financeiras, em termos de informação. Com a implementação do open banking, uma parte desse benefício será revertido para quem disponibiliza os dados, ou seja, para os próprios consumidores”, afirmou Campos Neto.

O compartilhamento de dados cadastrais e de transações dos clientes, entretanto, começa na segunda fase, prevista para 15 de julho. Com isso, será possível também a entrega de serviços customizados aos diferentes perfis. Portanto, vai levar em consideração os interesses, objetivos e necessidades de cada público.

Conforme o BC, o compartilhamento deve ser expressamente autorizado pelo cliente e tem prazo de um ano. Contudo, pode ser encerrado a qualquer momento pelos canais de cada instituição financeira.

Apenas instituições reguladas, autorizadas e supervisionadas pelo BC podem participar do open banking. Elas estarão sujeitas às sanções administrativas por eventual quebra de sigilo bancário.

Transparência

Conforme Campos Neto, os dados são a principal barreira de entrada na indústria financeira de serviços. Isso pode ser visto em qualquer outra indústria de serviços, entretanto, a intenção é que isso seja minimizado com o open banking.

O presidente do BC afirma que a tecnologia aumentará a transparência e a redução da assimetria de informações. A intenção é que a entrada no sistema financeiro e o ambiente de negócios se tornem mais inclusivos.

A terceira fase do sistema está prevista para 30 de agosto. A fase inicia serviços de pagamentos e de encaminhamento de propostas de crédito.

Já a quarta fase, para 15 de dezembro, com a ampliação de produtos e serviços financeiros integrados na infraestrutura do open banking. Além disso, haverá operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta, entre outros.

O sistema foi elaborado com base em experiências internacionais. Conforme Campos Netos, continuará a evoluir com o desenvolvimento do próprio mercado. “Para explicar melhor, gostaria de fazer uma analogia: o open banking está para o sistema financeiro como a internet está para a sociedade. Os benefícios e casos de uso serão visíveis ao longo dos próximos meses e anos”, disse.

*Com Agência Brasil