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Natura (NTCO3) vê lucro cair 96,3% com efeitos não recorrentes e compra da Avon

Natura (NTCO3) vê lucro cair 96,3% com efeitos não recorrentes e compra da Avon

A Natura (NTCO3) registrou um lucro líquido consolidado de R$ 14,3 milhões no quarto trimestre do ano passado, um desempenho 96,3% inferior ao reportado no mesmo período de 2018.

Segundo a empresa, o resultado líquido foi impacto por um efeito não recorrente, sem efeito caixa, de R$ 206,6 milhões em impostos relacionados a restruturação societária, assim como custos não-recorrentes de aquisição da Avon de R$ 104,2 milhões.

O lucro operacional, por sua vez, atingiu R$ 641,2 milhões, um crescimento de 18,2% no trimestre.

Já o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) somou R$ 744,5 milhões no quarto trimestre, uma alta de 4,2%.

A margem Ebitda atingiu 16%, uma queda de 0,5 ponto porcentual, refletindo principalmente os custos não recorrentes relacionados à aquisição da Avon, de R$ 37,5 milhões.

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O Ebitda ajustado alcançou R$ 816,7 milhões, com margem de 17,6% (+80 pbs).

Financeiro

No resultado financeiro líquido, a empresa reportou uma despesa de R$ 251,7 milhões, comparada a R$ 107,6 milhões no quarto trimestre de 2018.

“A maior despesa financeira é explicada essencialmente pelos custos de financiamento associados à aquisição da Avon, de R$ 115,1 milhões (registrados tanto na Natura Cosméticos S.A. em R$ 74,6 milhões e na Natura &Co Holding S.A. em R$ 40,5 milhões).

As despesas financeiras líquidas sobres empréstimos e financiamentos e aplicações financeiras reduziram
21,5%, devido à redução da taxa CDI no Brasil no trimestre.

Dívida

A dívida líquida da Natura encerrou o ano passado em R$ 4,584 bilhões, ante R$ 5,006 bilhões do encerramento de 2018.

Dessa forma, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda foi de 2,41 vezes, uma redução frente a alavancagem de 2,71 vezes de um ano antes.

“Estamos no caminho certo para atingir a meta de redução da alavancagem da Natura Cosméticos S.A. para
os níveis pré-aquisição da The Body Shop, de 1,4x até 2021”, informou.

Segundo a empresa, atualmente 68,9% da dívida da companhia é de longo prazo, com vencimento médio de 2,6 anos.

Operacional

A receita líquida consolidada da Natura cresceu 7,3%, para R$ 4,652 bilhões. Apenas no Brasil, a receita líquida cresceu 5,1%, a R$ 2,762 bilhões; e na The Body Shop avançou 6,7%, para R$ 1,436 bilhões.

A receita líquida na Natura Brasil cresceu 3,0% em relação a uma forte base de comparação (alta de 11,2% um ano antes). Segundo a empresa, houve um aumento de vendas em todos os canais, mesmo diante de um desempenho fraco do segmento CFT, mantendo a liderança de mercado.

Na Natura Latam, a receita líquida cresceu 10,6% em reais (+28,9% em moeda constante), impulsionada “por sólidos fundamentos como volumes mais altos, base crescente de consultoras, aumento da produtividade e crescimento acima da inflação na Argentina”.

The Body Shop

Na The Body Shop, a receita líquida cresceu 6,7% em reais no quarto trimetre (-1,2% em moeda constante), resultado do fechamento de 24 lojas próprias em 2019 e a contínua desaceleração de vendas em Hong Kong.

Excluindo Hong Kong, a receita líquida avançou 0,4% em moeda constante, com crescimento de 1,4% das loja próprias no conceito mesmas lojas.

O crescimento foi impulsionado pela Austrália e pelo Reino Unido, com altas de 14,0% e 5,4%, respectivamente, em função do aumento de vendas no varejo e do forte crescimento de dois dígitos em venda direta (At Home).