O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou nessa quarta-feira (11) que tem trabalhado para diminuir o endividamento da estatal. Segundo ele, até o meio do ano, a dívida da empresa chegava a US$ 101 bilhões – mesma cifra da dívida externa de toda a Argentina. Entretanto, em setembro, a dívida da empresa chegou a US$ 90 bilhões.
“Empresa de petróleo não pode se endividar”, disse Castello Branco, durante encontro com jornalistas, na sede da empresa no RJ.
Ele ressalta que a empresa persegue “criação de valor para o acionista, retorno sobre o capital empregado superior ao custo do capital, redução de endividamento, redução de custo, meritocracia, respeito às pessoas e ao meio ambiente e segurança”.
As informações são da Agência Brasil.
Venda de refinarias
Castello Branco afirma que recebeu boas propostas para aquisição das refinarias em processo de venda pela estatal.
Entre elas está a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul; a Presidente Getulio Vargas (Repar), no Paraná; a Landulpho Alves (Rlam), na Bahia; e a Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.
Em média, segundo ele, há cinco propostas por refinaria: “não estamos querendo que seja um comprador só, até porque existem regras e compromissos. Quem comprar Pernambuco não pode comprar Bahia e vice-e-versa. Quem comprar Bahia não pode comprar Minas Gerais. Quem comprar Rio Grande do Sul não pode comprar o Paraná e vice-e-versa. A ideia é evitar os monopólios regionais”.
De acordo com o mandatário da Petrobras, a venda não deve demorar muito.
O presidente deixa claro que as refinarias são ativos importantes, mas elas precisam ser independentes: “vamos formar empresas a partir desses ativos e os compradores receberão essas empresas. Essas refinarias operavam de forma integrada. Vamos ter que separar uma por uma e criar os balanços de cada uma. Todas as medidas necessárias na criação de uma empresa”, disse.
Programa de Desinvestimentos
Um dos motores da redução do endividamento da empresa é o Programa de Desinvestimentos. Castello Branco diz que só vai ter conhecimento dos detalhes do programa após o dia 31 de dezembro, uma vez que as vendas dos ativos continuam.
“Está indo em um ritmo bom. Evidentemente que eu gostaria de mais velocidade, mas temos que seguir um processo que foi acordado com o TCU (Tribunal de Constas da União) e nós cumprimos rigorosamente essa sistemática que adiciona um pouco de lentidão. Mas é melhor isso do que termos riscos de contestação judicial”, completou.
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