Além de um processo de recuperação judicial, a Latam Airlines enfrenta forte oposição dos credores, que rejeitaram a proposta da empresa de contrair um empréstimo de US$ 2,45 bilhões junto à Oaktree Capital Management.
Financiamento caro
A objeção dos credores – que consideraram o financiamento ‘caro’ – transformou-se em ação, encaminhada nesta quinta-feira (23) ao tribunal que supervisiona a recuperação judicial da Latam em Nova York (EUA).
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Foi o que apontaram documentos obtidos pela agência britânica Reuters.
“A proposta é muito grande, e cara, além de não ser apoiada por um processo de divulgação justo e adequado”, afirmou um comitê que representa os credores, segundo a Reuters.
Precisa mesmo?
Além de sugerir que a companhia ‘opte por empréstimos mais baratos’, os credores questionam se, de fato, há necessidade de contratar os US$ 2,45 bilhões, patamar superior aos US$ 2,15 bilhões apontados pelos assessores financeiros para a continuidade das operações.
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Desconto notável
Outra informação divulgada pelos credores é de que a Oaktree e outros participantes do financiamento proposto poderiam converter a dívida junto à Latam em participação na empresa aérea, com desconto implícito de 32%, assim que a companhia sair da recuperação judicial.
Financiamentos sucessivos
Logo após contrair um financiamento inicial de US$ 900 milhões, junto aos acionistas Cueto Group e Qatar Airways, a Latam anunciou que pretendia levantar no mercado os mencionados US$ 2,45 bilhões.
Com uma dívida de US$ 18 bilhões, a Latam é a única companhia aérea que buscou na justiça proteção contra credores, em decorrência do isolamento social contra a covid-19.
Contatados pela agência britânica, divulgou a Reuters, os representantes da Latam e da Oaktree não comentaram o assunto.
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