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JHSF (JHSF3): ações recuam com questionamento sobre transações

JHSF (JHSF3): ações recuam com questionamento sobre transações

As ações da JHSF estão em queda nesta segunda-feira (24), em reação a informações que circulam desde a semana passada sobre irregularidades em transações realizadas pela companhia.

Uma delas diz respeito ao recebimento de pagamentos pelo controlador, sem aval do conselho de administração ou da diretoria estatutária. Perto das 12h, o papel era negociado a R$ 7,93, queda de 3,65%.

Os rumores, que começaram por postagens no twitter de um gestor, levou a empresa a divulgar um comunicado no dia 19 onde detalhou a transação. Nele, a JHSF informa que os adiantamentos ao acionista controlador, José Auriemo Neto, realizados em 2018 e 2019, no total de R$ 78,9 milhões, mencionados em Formulário de Referência de 2019 e 2020, decorrem da compra de terreno de interesse da companhia. Auriemo Neto é o maior acionista individual da companhia, com 12,02% de participação.

O objetivo era formar um novo imóvel, junto a imóvel anteriormente de propriedade da companhia, para atender solicitação de um cliente. E, adicionalmente, adequar a infraestrutura viária local no empreendimento Fazenda Boa Vista.

Como a área final requerida pelo cliente foi menor que área inicialmente considerada, o conselho de administração aprovou em dezembro do ano passado uma operação de dação em pagamento com parte do imóvel do acionista controlador no valor de R$ 56 milhões.

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Além disso, a diferença entra a área inicialmente pretendida e a efetivamente negociada, que permaneceu com o controlador teve um crédito em favor da companhia da ordem de R$ 24,1 milhões em dezembro de 2019, totalizando R$ 80,1 milhões.

A polêmica, no entanto, prosseguiu. De acordo com o jornal Valor, na sexta-feira (21), a Comissão de Valores Mobiliários recebeu um documento anônimo de 16 páginas, elaborado aparentemente por um grupo de pessoas, que pede análise de eventuais falhas de contabilidade, controle e governança da JHSF.

Auditoria alertou JHSF

Ainda segundo o jornal, a auditoria EY informou que desde 2018 alerta a família Auriemo, controladora da companhia, sobre transações “não usuais ou complexas”. Em uma delas, identificou um prejuízo de R$ 13 milhões. E pediu um plano eficaz de ação.

A empresa, em resposta à auditoria, afirmou que adequou seus controles ao longo de 2019 para evitar que os fatos voltem a acontecer.

Nos últimos meses, a dona de shoppings, hotéis e restaurantes, listada no segmento Novo Mercado da bolsa, o mais alto em governança corporativa, realizou duas ofertas de ações, quando levantou R$ 900 milhões. As operações geraram liquidez à companhia e elevaram o total de ações de 30 mil para 121 mil, destaca o jornal.