A Secretaria da Receita Federal divulgou nesta quinta (20) que a arrecadação de impostos, contribuições e demais receitas federais somou R$ 115,990 bilhões em julho.
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A queda real, descontada a inflação, foi de 17,68% em relação ao mesmo mês do ano passado, ocasião em que a soma total havia sido de R$ 140,910 bilhões.
O resultado de julho deste ano foi o pior para o mês desde 2009, ano no qual foram recolhidos R$ 107,957 bilhões em impostos no mês em questão.
Arrecadação de impostos sobe, mesmo com tombo
Apesar de ter registrado o pior mês de julho dos últimos 11 anos em arrecadação de impostos, os números foram positivos se analisados por um outro prisma.
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De acordo com a Receita Federal, a queda real de julho foi menor do que nos três meses anteriores, quando registrou baixas de 28,95%, 32,92% e de 29,59% em abril, maio e junho, respectivamente.
2019 x 2020
Somados os sete primeiros meses do ano – janeiro a julho -, a queda real na arrecadação de impostos é de 15,16% na comparação 2020 x 2019.
Neste ano, a arrecadação total chegou a R$ 781,956 bilhões, pior resultado desde 2009, ano em que o semestre todo teve somados R$ 707,562 bilhões.
Boa parte da queda de 2020 pode ser atribuída ao adiamento no prazo do recolhimento de tributos – no valor de R$ 81,817 bilhões.
O adiamento de tributos durante a pandemia teve impacto negativo de R$ 516 milhões nas receitas do mês passado.
Crise econômica
Segundo a Receita Federal, o principal fator que explica a queda na arrecadação é a crise econômica, que aumentou a compensação de tributos em R$ 9,151 bilhões entre julho deste ano e o mesmo mês do ano passado.
Por meio da compensação, empresas que tiveram prejuízos ou lucros menores que o projetado pedem devolução de tributos pagos quando a estimativa de ganhos estava melhor.
A redução a zero do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre operações de crédito, em vigor até outubro, diminuiu a arrecadação federal em R$ 2,351 bilhões em julho.
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Queda da arrecadação
Em relação aos tributos, a maior contribuição para a queda da arrecadação de julho decorreu do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, que encolheram 21,54% em relação a julho do ano passado descontando a inflação.
Em seguida, vêm o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), com contração de 20,83%, e as contribuições para a Previdência Social, com queda de 11,38%.
No caso do IRPJ e da CSLL, a contração reflete os menores lucros das empresas. A redução de PIS/Cofins reflete a retração de 0,9% nas vendas de bens e de 12,1% nas vendas de serviços.
A queda na arrecadação da Previdência resulta do encolhimento de 9,98% na massa salarial decorrente do aumento do desemprego e do trabalho informal.
*Com Agência Brasil
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