O estoque de crédito do Sistema Financeiro Nacional totalizou R$ 3,60 trilhões em junho. A variação é de 0,8% no mês (ante 0,30% de maio). Houve acréscimo de 1% na carteira de pessoas jurídicas (saldo de R$ 1,6 trilhão) e de 0,7% em pessoas físicas (R$ 2 trilhões).
As informações são do Banco Central, que divulgou nesta quarta-feira (29) o boletim Estatísticas Monetárias e de Crédito.
Em doze meses, o crescimento da carteira total acelerou de 9,2% para 9,8%, estimulada pelas operações com empresas, que aumentaram 11,5%, superando a expansão com pessoas físicas, 8,5%.
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Reprodução/BC
Crédito livre
O crédito livre para pessoas jurídicas alcançou R$ 1 trilhão, crescendo 0,6% no mês e 22,4% em doze meses, com destaque para o capital de giro (notadamente as operações com prazo acima de um ano), repasses externos e modalidades sazonais relacionadas a fluxo de caixa (desconto de duplicatas e recebíveis e antecipação de faturas de cartão).
O saldo do crédito livre a pessoas físicas totalizou R$ 1,1 trilhão, alta de 0,6% no mês e de 8,9% em doze meses. Destaque para cartão de crédito à vista e consignado. Os financiamentos de veículos, embora com saldo praticamente estável, apresentaram crescimento expressivo nas concessões do mês, 44,8%.
Crédito direcionado
No crédito direcionado, a carteira de pessoas jurídicas alcançou R$ 575 bilhões em junho, elevação de 1,7% no mês, mantendo contração anual de 3,6%.
Destaque para as operações do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
O saldo com pessoas físicas alcançou R$935 bilhões, expansões de 0,8% no mês e de 8,1% em doze meses. Destaque para a carteira imobiliária, com aumento de 25,1% nas contratações.
Custo do crédito
O Indicador de Custo do Crédito (ICC), custo médio de todo o crédito, ficou em 18,7% ao ano. E registrou declínio de 0,5 ponto porcentual no mês e de 2,6 ponto porcentual na comparação ano a ano.
A taxa média de juros das operações contratadas alcançou 19,3% ao ano, com quedas de 1,2 ponto porcentual no mês e de 5,5 ponto porcentual em doze meses.
Setor não financeiro
Em junho, o crédito ampliado ao setor não financeiro alcançou R$11,1 trilhões (153,8% do PIB), aumentando 1,8% no mês.
A variação mensal refletiu os crescimentos de 2,3% nos títulos de dívida, em especial nos títulos públicos; de 2,2% na dívida externa (parcialmente influenciada pela depreciação cambial de 0,9%); e de 0,9% nos empréstimos e financiamentos.
Na comparação ano a ano, o crédito ampliado cresceu 14,5%. Destaque para o aumento na dívida externa, de títulos de dívida e de empréstimos e financiamentos, respectivamente, 27%, 12,2% e 9,8%.
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