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Ágio e deságio: entenda de forma descomplicada esses conceitos nos investimentos

Ágio e deságio: entenda de forma descomplicada esses conceitos nos investimentos

Quando falamos de investimentos, muitas vezes esbarramos com diversos termos que dificultam nossa compreensão. E este é o caso de ágio e deságio.

Por isso, o intuito deste artigo é explicar de forma clara e descomplicada tais termos.

É muito comum falarmos de ágio e deságio em ativos relacionados a bolsa de valores, como ações e fundos imobiliários.

Só que, onde muitas pessoas são pegas de surpresa, é no momento em que investem no Tesouro Direto.

Pois bem, quando investimos em ações todos sabem que os seus preços oscilam no decorrer do tempo.

Quando investimos em títulos públicos atrelados ao IPCA (inflação), o valor também oscila. Mas, como? Não são um ativo seguro com liquidez?

Ágio e deságio no Tesouro Direto

Vamos supor que você compre um título que pague IPCA+5% ao ano para 2030. Se o IPCA está em 4% ao ano, isso te dará um retorno de 9% ao ano.

Em outras palavras, se investir nesse ativo e ficar até o vencimento, essa é a rentabilidade: IPCA +5%.

Contudo, vamos supor que você queria liquidá-lo antes do prazo . É aí que entra o ágio e o deságio na jogada.

Para explicar melhor, vamos comparar duas situações de venda. Na primeira vamos supor uma venda em 2025 onde o IPCA está em 2%. Depois, outra venda em 2027 onde o IPCA está em 7%.

Exemplo de ágio e deságio: IPCA a 2%

Em 2025, o seu título continuará pagando o IPCA+5%. Mas, como a taxa de juros de referência caiu, o governo passa a emitir títulos que pagam IPCA+7%, por exemplo.

Com isso, na hora que você for vender os seus títulos, eles precisarão ser vendidos por um preço mais baixo do que o normal, para serem interessantes para o mercado. 

Ou seja, você venderá eles com deságio, pois estará vendendo por um valor proporcionalmente menor do que eles valiam no momento em que comprou.

  • Além de ágio e deságio: onde investir R$ 100 mil? Veja aqui!

Exemplo de ágio e deságio: IPCA a 7%

Em 2027, então, teríamos a situação oposta. Seu título paga IPCA+5%, enquanto o governo emite títulos com o calor de IPCA+2%, por exemplo.

Com isso, você tem a valorização do seu ativo e acaba conseguindo vendê-lo por um valor proporcionalmente maior do que ele tinha no momento em que foi adquirido.

Um exemplo prático de ágio e deságio

Ainda não ficou muito claro? Sem problemas! É hora de descomplicar:

Vamos supor que você está indo encontrar com seus amigos na praia. Então, um deles te liga e pede que, caso você passe em algum mercado no caminho, traga uma garrafa de água. Depois que você chegar, ele te paga R$ 3,00 pela garrafa.

No caminho você passa por um mercado, e acaba comprando uma garrafa por R$2,50.

Andando um pouco mais, você passa por um parque onde avista alguns corredores acabando uma corrida, um deles com muita sede vê a garrafa na sua mão e te oferece R$ 5 (ágio) pela garrafa.

Você, como bom amigo, acaba recusando a oferta e segue seu caminho. Quando está chegando na praia, você avista uma pessoa tentando limpar os pés de areia para entrar no carro, esta observa a sua garrafa e lhe oferece R$ 1,00 (deságio) por ela.

Mais uma vez você recusa a oferta. E aí, logo em frente você avista seu amigo que, por fim, acaba por lhe pagar os R$ 3,00 prometidos pela água.

Resumo: entenda o que é ágio e deságio

Fazendo uma análise grosseira de valor recebido, vendendo para o corredor, você venderia com ágio: R$ 5 – R$ 2 ,5 = R$2,5.

Enquanto vendendo para a pessoa com os pés sujos teríamos o deságio: R$ 1 – R$ 2,5 = – R$ 2,5.

Em resumo, esses dois conceitos que andam juntos no mercado financeiro.

Caso esqueça esse ou outros conceitos durante uma conversa, ou analisando seus ativos, tente sempre trazer para situações do dia a dia para facilitar o seu entendimento, ou então, lembre-se da história da água.

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Saiba mais sobre ágio e deságio, entenda o mercado secundário de investimentos:

O que é mercado primário e secundário?

Depois de compreender o ágio e deságio, é importante saber sobre os mercados onde essas negociações são feitas. 

A primeira negociação de um ativo financeiro seja um título de renda fixa ou ações, ocorre sempre no mercado primário. Nesse mercado, é o emissor do título quem o vende diretamente para o investidor.

As ofertas públicas de ações (IPO), e o follow-on são exemplos de mercado primário. Em ambos os casos, são as companhias que vendem as ações aos investidores, e os recursos vão para o caixa da emissora.

Mercado secundário

O mercado secundário existe para dar liquidez às operações do mercado primário. Nele, são os próprios investidores que negociam os títulos entre si. 

Por exemplo: digamos que você tenha um título que vence daqui a dois anos e só tem liquidez no vencimento. 

Porém, em função de uma necessidade ou de uma boa oportunidade financeira, você deseja resgatá-lo antes. Como o papel não tem liquidez imediata, a forma de negociá-lo é por meio do mercado secundário.

É por isso que se diz que o mercado secundário dá liquidez ao mercado primário. Por um lado, ele ajuda o investidor que precisa dos recursos antes do vencimento do título. 

Por outro, oferece taxas interessantes para quem adquire o ativo, pois ele será negociado não pelo preço de mercado, mas sim por uma taxa próxima à que foi adquirido originalmente.

Como funciona o mercado secundário na prática? Veja como a EQI Investimentos pode ajudar! 

Digamos que você, investidor, queira vender um CDB pré-fixado, comprado a uma taxa de 10% a.a., faltando 3 anos para o vencimento.

Primeiro, é preciso informar o desejo de vendê-lo no sistema da EQI Investimentos, através do seu assessor.

A EQI, por sua vez, fará uma cotação deste papel no mercado. Contudo, é importante que essa cotação seja atrativa o suficiente para que ela encontre um comprador. 

Por exemplo: se hoje no mercado primário da EQI, o melhor CDB de 3 anos da plataforma é oferecido a 12% a.a., logo, o CDB que você está querendo vender no mercado secundário precisa ser mais atrativo. 

Então, se este CDB for oferecido a 12,5% a.a., ele se tornará mais atrativo que os CDBs oferecidos no mercado primário. 

Assim, os compradores irão aparecer facilmente e você, como vendedor, irá ficar satisfeito, porque conseguirá atrair um comprador. 

Logo, receberá o recurso e terá dado a liquidez para o seu título.

Já o comprador também ficará feliz, pois conseguiu comprar um CDB a uma taxa superior à do mercado primário.

Quanto custa a operação? Entenda a taxa de mercado

Vamos supor que você adquiriu um CBD contratado a uma taxa de 10% a.a. no mercado primário e quer torná-lo atrativo no mercado secundário. Para isso, terá de oferecer 12,5% a.a..

Dessa forma, você terá de abrir mão de 2,5% a.a. de rentabilidade – que é a diferença entre a taxa de emissão e a taxa que gera atratividade – também chamada de “taxa de mercado”.

Esse custo para tornar o papel atrativo vem na forma de “deságio”. 

Digamos que, hoje, esse CDB que você queira vender no mercado secundário tenha o valor de R$ 100 mil. 

Para tornar esse CDB mais atrativo, você terá de dar um deságio de 2,5% a.a. x 3 anos (tempo que falta para liquidar este ativo), que irá resultar em 7,5%. Logo, este CDB de R$ 100 mil será resgatado por R$ 92.500 mil. 

Lembrando que o deságio não é em cima do valor de compra, mas sim, em cima do valor da posição atual do investidor.

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