Gordon Sondland, embaixador dos Estados Unidos para a União Europeia, afirmou, durante depoimento ao comitê de impeachment de Donald Trump, ter agido sob ordem direta do presidente ao pedir que a Ucrânia investigasse o ex-vice Joe Biden, rival político de Trump.
Segundo o democrata, houve um “quid pro quo”, expressão que, em português, significa “toma lá, dá cá”, ou, simplesmente, troca de favores, entre a Casa Branca e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, condicionando uma doação de R$ 391 milhões à tentativa da Ucrânia de descobrir algo sobre o filho de Joe Biden.
Sondland, empresário do setor de hotelaria, deu ainda o nome de outras duas pessoas que estariam autorizadas a pressionar os ucranianos a mando de Donald Trump: Rick Perry, secretário de energia, e Kurt Volker, enviado especial ao Leste Europeu.
O trio trabalhou diretamente com Rudolph Giuliani, advogado pessoal de Trump, em temas ligados à Ucrânia. “Estávamos lidando com as cartas do baralho que recebemos”, comentou Sondland, que chegou a afirmar ainda que tanto o vice-presidente Mike Pence quanto o secretário de Estado, Mike Pompeo, tinham ciência das ordens para pressionar a Ucrânia.
Trump nega tudo
Ameaçado de ser o terceiro presidente da história norte-americana a sofrer um processo de impeachment, Donald Trump segue alegando inocência.
Em contato com os jornalistas na Casa Branca na quarta-feira (20), o presidente rotulou a investigação de “caças às bruxas” e negou que tenha havido o famoso “quid pro quo” em qualquer conversa com Sondland a respeito da situação envolvendo a Ucrânia.
“Disse ao embaixador: Não quero nada. Não quero quid pro quo. Diga a Zelensky, presidente Zelensky, que faça a coisa certa”.
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