O dólar encerrou em queda novamente nesta segunda-feira (8), dando continuidade ao movimento da semana passada. A moeda fechou cotada a R$ 4,85, recuo de 2,79%.
Na sexta-feira (5), o dólar terminou a sessão cotado a R$ 4,9909. Pela primeira vez desde 26 de março a moeda americana encerrou cotada abaixo de R$ 5,00.
Os sinais são de que, do ponto de vista externo, o entusiasmo dos investidores com as reaberturas das economias deve se manter esta semana. Esse fator, associado à alta liquidez, continua a impulsionar investimentos de risco e desvalorizar o dólar.
Os mercados também devem receber bem a decisão dos países produtores de petróleo e aliados (Opep+) de estender o corte de 10% na produção para o mês de julho, como forma de evitar queda nos preços da commodity.
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Dólar em seis meses

Fonte: TradingView
Brasil
Do ponto de vista interno, existe uma acomodação com relação às expectativas de instabilidades políticas após as manifestações de ontem contra o governo terem sido pacíficas, apesar de o ambiente estar muito longe da calmaria.
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julga nesta semana duas ações que pedem a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro e do vice Hamilton Mourão por ataque de hackers na campanha de 2018.
Contudo, a tendência é de arquivamento.
Já no Supremo Tribunal Federal (STF) prossegue o inquérito das fake news. O plenário deve votar nesta semana o pedido de arquivamento feito pelo presidente.
Na área da Saúde, as alterações na divulgação de dados sobre os avanços da Covid-19 e o número de mortes devem continuar gerando reações e críticas.
Dólar: Focus
O Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda projeta uma taxa de câmbio de R$ 5,40 para o final deste ano e de R$ 5,08 para 2021.
Para o PIB de 2020, a projeção é de queda de 6,25% para queda de 6,48%. Para o IPCA, o mercado espera uma taxa de 1,53%, contra 1,55% na semana passada. A expectativa para a cotação do dólar se manteve em R$ 5,40 assim como para a taxa Selic, em 2,25%.
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