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DeFi: o que são finanças descentralizadas? Entenda o que é o DeFi!

DeFi: o que são finanças descentralizadas? Entenda o que é o DeFi!

DeFi ou finanças descentralizadas é o termo usado para representar serviços e produtos financeiros construídos em uma rede blockchain.

O objetivo é dispensar o controle de intermediários, como bancos e instituições financeiras.

Os protocolos DeFi vêm encontrando cada vez mais usuários, que buscam plataformas mais escaláveis para rodar os contratos inteligentes.

Iniciativas ganham a B3 com o lançamento do DEFI11 e do ETF QDFI11, primeiros ETFs de DeFi na bolsa brasileira.

Entenda agora o conceito por trás das finanças descentralizadas. 

O que é DeFi?

Finanças descentralizadas (ou DeFi, conforme a abreviação em inglês) é um termo abrangente que representa uma variedade de aplicações e projetos que envolvem contratos inteligentes e blockchain. 

Conforme as criptomoedas e a tecnologia blockchain se tornam cada vez mais presentes em diversos setores do mercado, o interesse por este contexto e aplicações vem aumentando na mesma medida.

Na prática, a aplicação das finanças descentralizada dispensa uma autoridade central de governança. 

Dessa forma, pretende mudar a atuação do sistema econômico como conhecemos em múltiplos aspectos. 

Isto inclui desde a movimentação digital do dinheiro, até o uso de ferramentas dentro de uma chamada “autogovernança” – mantida não por grandes players, mas sim por comunidades, fundações e institutos.

Como surgiram as finanças descentralizadas? 

Muitos defendem que para entendermos o contexto das finanças descentralizadas, é preciso abordar o surgimento das criptomoedas. 

Em 2009, o Bitcoin foi criado como a primeira moeda digital do mundo. No entanto, a instabilidade de preços se tornou um obstáculo que dificultou seu uso prático.

Porém, a base da tecnologia desta criptomoeda, o blockchain, seguiu seu desenvolvimento, o que sustentou a digitalização das finanças, ocasionando o surgimento dos mais diversos projetos de DeFi. 

DeFi e Ethereum

Mas, acredita-se que foi em 2015, com o lançamento da rede Ethereum e, mais especificamente, dos contratos inteligentes, que o potencial dos projetos de DeFi foram maximizados. 

Este movimento encorajou as empresas a desenvolverem e implantarem projetos que formariam, de forma mais abrangente, o ecossistema.

DeFi: quais são as aplicações práticas?

Na prática, os protocolos DeFi são aplicados em projetos como aplicativos financeiros, plataformas ou softwares construídos dentro de redes blockchain. 

Eles são viabilizados pelos chamados contratos inteligentes (smart contracts). 

A partir dessas aplicações, é possível remover a figura de intermediários como bancos, corretoras e demais instituições financeiras para a contratação de serviços como: 

Para que servem as finanças descentralizadas:

  • Empréstimos;
  • Seguros; 
  • Hipotecas;
  • Negociação de criptoativos.

Dessa forma, as plataformas DeFi permitem que investidores, financiadores, tomadores de empréstimo, vendedores e compradores negociem e interajam entre si diretamente. 

Como funciona a tecnologia das finanças descentralizadas?

Os contratos inteligentes permitem executar de forma automática um código previamente definido, dentro de um sistema interconectado e com código-fonte aberto (open source).

As aplicações ficam armazenadas dentro de redes blockchain e podem ser acessadas por qualquer pessoa com acesso à internet. 

Hoje, a principal rede descentralizada de DeFi é a Ethereum. Porém, muitas redes públicas alternativas estão despontando em projetos que visam escalabilidade e segurança.

As finanças descentralizadas são seguras? 

Assim como qualquer nova tecnologia, as plataformas DeFi vêm sendo aprimoradas. Isso significa que ainda podem estar expostas à falhas até que alcancem maturidade. 

Alguns pontos de crítica da tecnologia DeFi são:

  • As transações que acontecem em uma rede blockchain são irreversíveis ou nem sempre podem ser corrigidas facilmente; 
  • Erros de programação, instabilidades e ataques cibernéticos são comuns;
  • O código dos contratos inteligentes das plataformas DeFi é geralmente um software de código aberto que pode ser facilmente copiado para o desenvolvimento de plataformas concorrentes; 
  • A pessoa ou a empresa por trás de um protocolo DeFi pode ser desconhecida, com risco inerente de desaparecer com o dinheiro dos investidores;
  • Ainda não há conformidade quanto às leis de combate à lavagem de dinheiro e anti-terrorismo.

Começa negociação de ETF de finanças descentralizadas na B3

A B3 (B3SA3) iniciou em fevereiro de 2022 a negociação do ETF QDFI, primeiro ETF de DeFi na bolsa brasileira.

A partir de agora, as cotas do fundo podem ser negociadas pelo ticker QDFI11.

Gerido pela QR Capital, gestora especializada em criptoativos, o fundo tem como referência o índice Bloomberg Galaxy DeFi Index, acompanhando a performance do mercado de DeFi.

Além da QDFI11, a QR Asset lançou em 2021 o QBTC11 e o QETH11, os primeiros ETFs monoativos de bitcoin e ethereum da América Latina.

Fernando Carvalho, CEO da QR Capital, afirmou, em nota divulgada pelo site e-investidor, que o lançamento do fundo é um passo importante para a maturação do mercado de criptoativos. 

“Os ETFs de bitcoin e ethereum foram apenas a entrada para um universo de investimentos muito mais rico e diverso. Agora é a vez do QDFI11. Cada vez mais, os investidores passarão a ter acesso a produtos inovadores e disruptivos com o aval dos reguladores”, comentou.

Em janeiro, a Hashdex fez a primeira movimentação do setor, anunciando para o dia 17 de fevereiro o lançamento da DEFI11

O ETF – que surgiu a partir de uma parceria com a CF Benchmarks, provadora de índices de criptoativos – vai espelhar o “CF DeFiModified Composite Index (índice que busca representar o setor englobando ativos segundo critérios de elegibilidade).

O DEFI11 deve contar inicialmente com 12 ativos, divididos em três categorias. A de protocolos DeFi terá as ações da Unisawap, AAVE, Compound, Maker, Yearn, Curve, Synthetix e AMP.

DeFi: o que esperar?

O ecossistema do DeFi ainda é incipiente, mas gera muitas expectativas em relação às disrupções na economia como um todo. 

Indiscutivelmente, as plataformas de protocolo DeFi têm o potencial de oferecer novas soluções e aplicações no âmbito financeiro.

Esse ecossistema vem gradualmente trilhando um caminho para o futuro e os mais otimistas esperam que, eventualmente, esse recurso se torne dominante nos próximos anos.

Entretanto, é sempre importante destacar que trata-se de um serviço prestado de forma relativamente nova, sem intermediários. 

Portanto, quem deseja entrar neste mercado deve estudá-lo atentamente.

Iniciativas já despontam

Algumas iniciativas, consideradas pioneiras em nível global, como o lançamento de ETFs de cripto ativos na B3, já despontam.

Como o investidor pode rentabilizar seus ganhos neste novo mercado?

Acompanhe aqui as últimas movimentações do mercado.

Mercado de criptomoedas: o que se pode esperar sobre segurança? 

“O mercado cripto já está inserido no mercado financeiro tradicional. Só que com um detalhe novo agregado: o blockchain, que funciona como um ‘livro razão’, no qual tudo que é feito na rede, fica registrado. 

Tudo que acontece é público, todo mundo tem acesso. Tudo é descentralizado, ou seja, usamos os recursos financeiros, mas sem um órgão centralizado. 

Nas plataformas de DeFi, é possível criar contratos inteligentes, que aprendem cada vez mais. 

Resumindo, trata-se de uma nova tecnologia, mas aplicada a um mercado que já existe há anos”, explica Michela Galvão, especialista em DeFi e criadora do Canal Diversas Criptos. 

Lançamentos de ETFs de criptomoedas: o que são esses fundos? 

A gerente de Non-Cash Equities da B3, Marielle Brugnari, relata que o primeiro lançamento de ETF de criptomoedas aconteceu em 2021. No entanto, o assunto começou a ser discutido muitos antes.  

“Começamos a conversar com o regulador entre 2017 e 2018. Temos, hoje, sete ETFs de cripto ativos negociados na B3. Desses, três são de cestas de moedas, um de cesta de cripto e dois de DeFi. Outros dois ETFs são de índices relacionados a Bitcoins e dois do Ethereum”, explica a gerente.

200 mil investidores em ETFs de cripto

“Hoje temos quase 200 mil pessoas físicas que investem nesse ETFs de cripto. Para se ter uma ideia, o quinto maior ETF na B3 é de criptomoedas”, comemora Marielle. 

Como escolher os ETFs?

“A diferença entre os ETFs são os índices e o foco de atuação. Assim como os demais ETFs do mercado, também é importante para o investidor diversificar e escolher o nicho no qual quer entrar. 

Os ETFs são, portanto, ótimas escolhas, pois dão a oportunidade de diversificar, mas investindo em um único ativo”, destaca.

Mais segurança nas transações

“O potencial de crescimento deste mercado é gigantesco. Ainda é só o começo. 

Um ponto que facilita o acesso do investidor pessoa física é quando o produto está listado, tem formação de preços aqui no país e no qual é possível comprá-lo em uma corretora”, dimensiona.

Brasil: pioneiro em criptomoedas na bolsa de valores

“Em criptomoedas, a B3 é a terceira bolsa a lançar ETF. Ficamos apenas atrás de Bermudas e Canadá. Depois, vimos algo nos EUA e Europa”, comenta a gerente da B3.

Criptoativos e DeFi

“Resumidamente, as DeFis dão acesso aos mesmos produtos do sistema financeiro tradicional, mas de forma descentralizada, dentro da tecnologia blockchain. Meu primeiro aporte, por exemplo, foi em um índice de uma cesta de projetos da rede Ethereum. Na época, eu entendia muito. Por isso, acredito que o ETF facilite a adoção de pessoas leigas e/ou que ainda tenham medo de ingressar neste mercado”, avalia Michela Galvão.

Mercado de criptos: é possível ser conservador?

“A operação em cripto exige estudo. É preciso entender a dinâmica e ir diversificando. 

Hoje, depois de estudar muito, consigo fazer investimentos e ter recompensas (dividendos). Sei como colocar o dinheiro para trabalhar. Para quem quer entrar no mercado, sugiro que comece com pouco para entender seu perfil. Mesmo dentro de cripto é possível ser conservador”, ela diz. 

“Estamos em um mundo que está mudando rápido. É preciso estar um passo à frente. Ter um ETF de cripto era inimaginável há poucos anos”, argumenta a especialista em DeFi.

Entendendo o universo das DeFis

“Hoje é possível entrar nesse mercado não apenas da forma como conhecemos: comprando e vendendo criptos. É possível também emprestar uma parte desse ativos para um projeto e obter retorno de recompensas. Dá para ganhar de duas formas: na valorização e no aumento da quantidade de moedas. É a mágica dos juros compostos trabalhando a favor do investidor”, explica Michela.

Qual a melhor estratégia em DeFi?

“Para ter uma boa estratégia para receber essas recompensas, é preciso estudar os projetos e o mercado. Analiso sempre fundamentos como inovação, prazos, responsáveis e a liquidez para decidir seu nível de risco”, esclarece a investidora.

Como está o andamento das regulações?

“Temos conversado muito com os reguladores. A preocupação é dar segurança e transparência aos investidores. Ter preços praticados que sejam fair com o mercado. Além disso, em breve, teremos também os derivativos de criptos”, comenta Marielle Brugnari .

Leia também: Criptomoedas: a quantas anda a regulamentação pelo mundo?

Criptoativos e DeFi: na regulamentação, foco deve estar na segurança

“A liberdade está sempre no centro quando falamos em criptos. Sem intermediários, pier to pier. Contudo, quanto mais segurança, maior a adesão ao mercado. 

No entanto, no quesito ‘regulação’, não podemos cair no tradicional. Por isso, o foco deve estar na segurança do usuário. 

Quando falamos em corretoras, por exemplo, acho muito positivo, pois é uma referência a recorrer, caso algo dê errado. Nas criptos, ainda não temos isso”, finaliza Michela.

Como obter rendimento com criptomoedas

Existem várias formas de ganhar dinheiro com criptomoedas. São várias as opções para obter ganhos para quem pretende começar a investir. Existem duas formas principais. A primeira delas é o investimento direto, sendo o mais tradicional de todos. Esta consiste em comprar diretamente a própria criptomoeda.

Em outras palavras: cabe ao próprio investidor fazer a análise de qual moeda virtual deseja e ele mesmo efetuar a operação. Para que isso seja possível, é preciso ter conta aberta em uma exchange (corretora) que oferece esse tipo de transação.

Existem diferenças entre as corretoras e entre as principais diferenças é o leque de opções disponíveis para negociação. Porém, é comum que todas ofereçam as duas maiores criptos: Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).

Outro passo importante antes de começar é fazer uma boa pesquisa em relação à reputação da instituição. Isso porque já ocorreram diversos casos de quebra de exchanges.

Além disso, é preciso conhecer também o país no qual a corretora está sediada. Como os investimentos em criptomoedas não são investimentos, o investidor fica impossibilitado em abrir qualquer tipo de reclamação a qualquer autoridade nacional sobre eventuais perdas.

A segunda forma de investir nas moedas digitais é por meio de um fundo de investimentos. 

A forma mais usual é pelos conhecidos ETFs (exchage traded found). Estes são uma forma mais simplificada de investir nas moedas digitais, uma vez que a distribuição dos recursos fica sob a responsabilidade da gestão profissional do fundo.

Pode-se dizer então que este é um tipo de investimento mais seguro, pois há uma política de investimento que o gestor deve seguir. Ela está disponível para consulta do investidor antes mesmo que ele faça seu primeiro aporte.

Verificando a política de investimento é possível tomar conhecimento de que forma o fundo faz seus aportes. Isso vale para qualquer tipo de investimento, inclusive com relação aos percentuais em cada criptomoeda. Se estiver de acordo, o investidor pode seguir em frente.

Além de mais segura, é mais simples e conta com a regulação de órgãos oficiais ligados ao Sistema Financeiro Nacional.

O Brasil, aliás, é considerado pioneiro em lançar ETFs para o mercado cripto.

O primeiro investimento desse tipo estreou na B3 (B3SA3) em abril de 2021. Nos Estados Unidos esse mesmo veículo estreou na bolsa americana somente em novembro do mesmo ano.