A C&A se diz confiante quanto aos meses à frente, apesar do prejuízo reportado no segundo trimestre de 2020.
“O tom agora é de retomada. Também adotamos o home office definitivamente”, disse o CEO Paulo Correa durante web conferência com analistas na manhã desta quinta-feira (20).
A afirmação do executivo faz menção à equipe administrativa por conta da pandemia do novo coronavírus que impactou a economia geral, bem como as atividades da varejista.
Isso porque suas quase 300 lojas em mais de 100 cidades ficaram provisoriamente fechadas devido à quarentena imposta para conter o avanço do vírus.
CEAB3: operações no digital
De acordo com o executivo, o prejuízo não foi ainda mais acentuado por conta das operações no ambiente digital.
“A transformação digital teve impacto na dinâmica interna da empresa. Estamos nos organizando cada vez menos por funções e cada vez mais por iniciativas”, disse.
E acrescentou: “nosso objetivo é ser uma plataforma completa para que nossa cliente possa se expressar por meio da moda.”
A fala dele diz respeito ao omnichannel, ou seja, à estratégia de conteúdo multicanal que as organizações usam para melhorar sua experiência do usuário.
“Tivemos uma mudança de patamar no formato omnichannel e isso levou nosso GMV a atingir R$ 189,2 milhões”, declarou.
Significa dizer que o Gross Merchandise Volume, ou volume bruto de mercadorias, que tem correlação com vendas, subiu expressivamente.
“Nossa receita líquida omnichannel cresceu 356,2% no segundo trimestre de 2020 ante igual período do ano anterior”, ressaltou.
CEAB3: canais digitais
Já o número de usuários ativos mensais dos meios digitais subiu 7,5% no segundo trimestre de 2020.
“Estreamos um projeto piloto que são as vendas por whatsapp”, frisou.
Conforme Correa, a C&A criou um comitê de aceleração digital com membros externos, especialistas no assunto.
“Estamos energizados, confiantes e nosso protagonismo na moda brasileira está cada vez mais forte”, elencou.
A companhia também já está operando parte de suas lojas no ship from store, que é um modelo de negócios que visa agilizar e simplificar as entregas de compras online.
CEAB3: prejuízo no 2TRI20
A C&A (CEAB3) reportou prejuízo de R$ 192,1 milhões no segundo trimestre de 2020 contra o lucro líquido de R$ 25,8 milhões em igual período do ano passado.
Conforme balanço, o prejuízo pró-forma ficou em R$ 181,6 milhões, ante lucro de 29,1 milhões no segundo trimestre de 2019.
Já o Ebitda (lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) ajustado marcou R$ 114 milhões negativos no segundo trimestre de 2020.
O mesmo indicador fechou em R$ 214,6 milhões positivos no segundo trimestre de 2019. A margem Ebitda passou de 17% no fim de junho do ano passado, para menos 38,7%.
Já a receita líquida da varejista ficou em R$ 294,5 milhões entre abril e junho desse ano, com uma queda de 76,6% em relação ao trimestre equivalente em 2019.
A C&A informou que já reabriu 43 lojas no país e que a receita líquida online cresceu 356% na comparação anual, chegando a R$ 139,6 milhões.
Veja CEAB3 versus Ibov=- em seis meses:
Fonte: tradingview.
