O presidente Jair Bolsonaro pode começar 2020 com uma reforma ministerial que deve atingir alguns postos do alto escalão do governo a partir de fevereiro, na retomada das atividades do Congresso.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo deste sábado (14), Bolsonaro deve mexer na Casa Civil, hoje nas mãos de Onyx Lorenzoni, na Educação, sob os cuidados de Abraham Weintraub, e nas Minas e Energia, atualmente sob o comando de Bento Albuquerque.
Onyx vem perdendo funções importantes desde o início do governo Bolsonaro, como por exemplo a função de articulação política, agora a cargo de Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria do Governo.
O fato de o DEM, partido de Onyx, ter mostrado pouco apoio à pauta governista também pesa contra ele, mas, ao menos por enquanto, os outros dois ministros do partido, Tereza Cristina (Agricultura) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde), não parecem ameaçados.
Outro que perdeu poder com o passar do tempo foi Abraham Weintraub, e seu nome vem sendo ventilado como “ameaçado” desde o início de novembro, principalmente pelo modo agressivo com que atua nas redes sociais.
Weintraub entrou em férias neste sábado (14) e, segundo interlocutores, não estará de volta às suas funções quando o descanso terminar, no próximo dia 4 de janeiro. Alguns congressistas disseram à Folha que o ministro da Educação “virou motivo de piada” e isso acaba desmoralizando o Planalto.
A terceira mudança imediata, nas Minas e Energia, deve afetar não somente Bento Albuquerque, mas também membros do segundo escalão, incluindo as quatro secretarias (Óleo e Gás, Energia, Mineração e Planejamento), coordenadas pela secretaria-executiva.
No caso de Albuquerque, segundo a Folha, a ideia de Bolsonaro é “proporcionar uma saída honrosa”, indicando o ministro para a vaga destinada à Marinha no STM (Superior Tribunal Militar). O posto será aberto em maio do ano que vem com a aposentadoria do ministro Alvaro Luiz Pinto, que completará 75 anos.
Fernando Coelho Filho, do DEM de Pernambuco é, até o momento, o nome mais forte nos comentários de bastidores para assumir a pasta das Minas e Energia, cargo que já ocupou durante o governo de Michel Temer.
“Um toda semana”
Em matéria veiculada também neste sábado, mas pelo site Poder 360, Bolsonaro foi irônico ao comentar as possíveis trocas nos ministérios.
“Toda semana vocês [jornalistas] trocam um ministro meu. Não está previsto”, resumiu, em contato com os jornalistas, aproveitando para emendar um desafio a um dos repórteres presentes: “Você quer que eu troque de ministro? Você quer ser candidato? Se apresenta aí”.
O presidente afirmou ainda estar “muito satisfeito” com o trabalho de Weintraub, um dos cotados para deixar o cargo segundo a Folha, à frente do Ministério da Educação.
Bolsonaro afirmou que a pasta é bastante complicada por “estar tomada há décadas pela esquerda”, algo que “estaria conduzindo a educação do Brasil para o mau caminho”.
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