O presidente Jair Bolsonaro não parece disposto a dar o braço a torcer e mudar sua visão em relação à necessidade de adotar medidas de isolamento social.
De acordo com o Estado de S.Paulo, Bolsonaro conclamou um grupo de empresários do País a pressionar os governadores “jogar pesado” na “guerra” pela reabertura das atividades econômicas.
Um dos alvos preferidos do presidente desde o início da pandemia de coronavírus, João Doria, governador de São Paulo, foi citado diretamente em seu discurso.
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Atacou Doria após o governador cogitar decretar lockdown – o fechamento total das atividades não essenciais e o decreto de medidas ainda mais severas contra a circulação de pessoas.
“Um homem está decidindo o futuro de São Paulo, decidindo o futuro da economia do Brasil”, afirmou. “Os senhores, com todo o respeito, têm que chamar o governador e jogar pesado. Jogar pesado, porque a questão é séria, é guerra”, completou.
O pedido do presidente foi feito por meio de uma videoconferência organizada por Paulo Skaf, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e aliado político de Bolsonaro.
Bolsonaro prevê “Guerra Civil”
Autoridades de saúde recomendam regras de distanciamento social para brecar a disseminação do novo coronavírus.
Não existem vacinas nem remédios, comprovados cientificamente, contra a doença. A orientação das autoridades serve também para evitar que os sistemas de saúde acabem sobrecarregados.
Para o presidente Jair Bolsonaro, o fato de os Estados estarem seguindo as orientações da OMS e dos órgãos de saúde e, portanto, adotando medidas rígidas de isolamento social contra o coronavírus, causará um caos praticamente irreparável no futuro.
Na visão do Chefe de Estado, o Brasil pode até viver uma “Guerra Civil” com o caos econômico que ele vê se desenhando.
“Nós temos que mostrar a cara, botar a cara para apanhar. Porque nós devemos mostrar a consequência lá na frente. Lá na frente, eu tenho falado com o ministro Fernando [Azevedo], da Defesa… os problemas vão começar a acontecer. De caos, saque a supermercados, desobediência civil. Não adianta querer convocar as Forças Armadas porque não existe gente para tanta GLO [Garantia da Lei e da Ordem].”
Decreto presidencial
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